O técnico Léo Condé é uma das apostas da diretoria do CRB para 2017. Anunciado no dia 30 de novembro, o jovem treinador, de 38 anos, tem a missão de substituir Mazola Júnior à frente do clube. O perfil é bem diferente. Com personalidade tranquila, Condé é mais do diálogo, faz parte da nova geração de profissionais do futebol. Contudo, na próxima temporada, o início do trabalho promete ser agitado.  

Condé receberá na próxima segunda, início da pré-temporada do CRB, um grupo reformulado. A ausência de peças importantes no esquema de Mazola Júnior, como os meias Gerson Magrão e Luidy, e o atacante Zé Carlos, por exemplo, precisam ser solucionadas o quanto antes. O equilíbrio entre os sistemas defensivo e ofensivo também deve tomar conta do tempo do treinador, principalmente por ser adepto do sistema 4-4-2. Tudo isso em um período apertado entre os jogos do Campeonato Alagoano e Copa do Nordeste.

Abaixo, o GloboEsporte.com lista cinco desafios do técnico nos primeiros meses de 2017.

Reconstruir o sistema ofensivo

Léo Condé precisa reconstruir o sistema ofensivo do CRB. Apenas Neto Baiano continua. Titulares na Segundona, Gerson Magrão, Luidy e Zé Carlos não permaneceram no Galo, e os três tiveram contribuição direta na boa campanha. O setor é a prioridade da diretoria regatiana no mercado que ainda tenta as contratações de João Paulo Penha e William Barbio. Entre as apostas estão Clebinho e Maxwell, além de Sergio Mota e Elias. 

Ajustar a defesa

O sistema defensivo deve ter atenção especial do novo treinador. A diretoria renovou com boa parte dos jogadores que fazem parte do setor. O ponto positivo é o entrosamento, mas pesa o fato de a defesa regatiana ter ficado entre as mais vazadas da Série B de 2016. As contratações foram pontuais, o departamento de futebol trouxe os laterais Edson Ratinho e Jefferson Recife, e os volantes Yuri, Adriano e Jocinei, para solucionar os problemas. 

Ausência de Olívio

O volante Olívio é o jogador com maior identificação com a torcida. Afastado dos gramados em razão de uma suspensão de um ano aplicada pelo STJD, por conta do uso da substância IRMS (testosterona), o atleta passará os primeiros meses de 2017 fora dos campos. Para suprir a ausência, Condé pode contar com três reforços contratados para o setor: Adriano, Yuri e Jocinei. 

Revelar um jogador

O técnico Léo Condé deve apostar nos jogadores da base, pelo menos nos primeiros meses de 2017. O calendário apertado entre Alagoano e Nordestão deve obrigá-lo a conduzir um rodízio no elenco. Assim, é possível que o treinador dê chances, principalmente, ao atacante Dudu. Joia da base regatiana, o garoto, de 17 anos, vem enchendo os olhos da diretoria e será aproveitado no elenco profissional após a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Caberá a Condé lapidar a promessa e seguir a linha de revelações do Galo, que teve Maxwell, em 2015, e Luidy, em 2016.

Hegemonia no estadual

O Campeonato Alagoano aparece como obrigação, pelo menos nas observação dos torcedores. Ter um investimento maior em relação aos rivais, estar na Série B e ter ainda um centro de treinamento aparecem como pontos em que a torcida se apega na hora de avaliar o planejamento de 2017.

Bicampeão estadual, o Galo não abre mão da hegemonia. O presidente do clube, Marcos Barbosa, afirma que o tricampeonato é uma das prioridades da gestão. Assim, Condé terá a missão de solucionar o problema do calendário apertado, dar uma cara à equipe e lutar pelo título.