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Análise: consistência da defesa do CRB, e deficiência no ataque do CSA

Por GLOBO ESPORTE 01/05/2017 16h04
Análise: consistência da defesa do CRB, e deficiência no ataque do CSA

Quando as escalações de CRB e CSA foram divulgadas, uma hora antes da partida deste domingo, não houve surpresas. Mais previsível, Léo Condé mandou o Galo a campo com a equipe que já vem atuando nos últimos jogos. No lado azulino, a maior dúvida era sobre o substituto de Tiago Potiguar, suspenso pela expulsão na segunda partida diante do ASA. Cotado para entrar de primeira, Cleyton foi o dono da vaga e apareceu entre os titulares.
No Galo, o posicionamento do atacante Maílson foi diferente do início da temporada, quando ele atuava aberto pelo lado esquerdo. Mais uma vez, o camisa 11 do CRB jogou mais pelo meio, próximo ao atacante Neto Baiano e, com isso, impedia os avanços do lateral Rafinha. Assim, o CSA começou a partida explorando o lado direito do ataque, principalmente com as movimentações de Vanger e Cleyton. Camisa 10, Daniel Costa era o homem mais centralizado, e Didira aberto pelo outro lado. Dessa forma, o Azulão jogava com sem um atacante de referência.

Logo no primeiro minuto de jogo, o CSA quase abriu o placar em jogada de bola parada. Na cobrança de Celsinho, Juliano saiu mal do gol e Marcos Martins colocou para escanteio. Nos cinco minutos iniciais, o Azulão esteve melhor na partida, de forma mais organizada. Observando o desempenho do adversário, Léo Condé adiantou as linhas e equilibrou as ações; porém, errando muitos passes. O treinador regatiano decidiu inverter o posicionamento de Chico e Maílson no ataque; mas a defesa do CSA não dava espaços. Maílson não conseguiu repetir as boas apresentações do início da temporada, quando partia para cima do marcador, sendo um ponteiro arisco.

Os dois sistemas defensivos, até então, atuavam muito bem e poucas chances de perigo foram criadas. Quando tudo se encaminhava para um primeiro tempo sem gols, brilhou a estrela de Neto Baiano. O centroavante, que praticamente não tinha tocado na bola na primeira etapa, aproveitou um chutão de Juliano, acreditou no vacilo da defesa do CSA, que aconteceu, e, com um golpe de caratê, tocou a bola na saída de Jeferson, aos 45 minutos. O gol mudou o cenário da partida.
No intervalo, Oliveira Canindé decidiu trocar Cleyton por Jacó. A entrada do camisa 21 deixou um homem como referência no ataque do CSA, mas o setor de criação continuava com dificuldade. Cão de guarda da defesa do CRB, Adriano colava em Daniel Costa; Didira flutuava bastante, caindo pelos dois lados, e Everton Heleno tinha um pouco mais de liberdade, mas nas saídas de jogo insistia em conduzir demais a bola e perdia oportunidades deixar os companheiros na cara do gol.

Por outro lado, o CRB explorava as jogadas de contra-ataque, principalmente com Chico e Edson Ratinho. A entrada de Maxwell, no lugar de Maílson, também aumentou a velocidade nas investidas regatianas pelo lado esquerdo. Quando pegava a bola, o garoto partia para cima de Celsinho. Com o CSA tentando empatar a partida, Ratinho ganhou mais liberdade para atacar pelo lado direito, e sempre dava trabalho ao sistema defensivo do Azulão. Chico caía pelo meio campo, puxava o marcador e abria espaço no corredor direito do Galo. 
Canindé percebeu a estratégia de Léo Condé e colocou Rayro em campo no lugar de Daniel Costa. Com a saída do camisa 10, Didira ficou mais centralizado, Rayro ajudava na criação pelo lado esquerdo e Vanger continuava pela direita, com Jacó lá na frente, disputando as bolas com os zagueiros do CRB. Sem poder de ataque, o CSA viu o tempo passar, não assustou e agora terá que vencer se quiser ser campeão. O empate no próximo domingo deixa o título com o CRB.