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CSA demite Oliveira Canindé um dia após derrota para o CRB na final do Alagoano
Oliveira Canindé não é mais o técnico do CSA. Após muita conversa, os dirigentes azulinos decidiram pela saída do treinador. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira. Com a estreia na Série C bem próxima, já no domingo, contra o ASA, a direção corre para fechar com o novo comandante. A expectativa é que ele seja anunciado ainda na tarde desta segunda.
Em sua segunda passagem pelo clube, Canindé conseguiu chegar em três finais, sendo vice em todas. Contando o primeiro trabalho no CSA, ainda em 2014, Canindé comandou o Azulão em 83 partidas. Foram 45 vitórias, 16 empates e 22 derrotas. Aproveitamento de 60,65%. Nos jogos como mandante, conquistou 31 vitórias, empatou nove vezes e foi derrotado em seis oportunidades, com aproveitamento de 73,92%. Como visitante, venceu 14, teve sete empates e 16 derrotas, para um aproveitamento de 44,15%.
Histórico
Canindé foi confirmado pelo CSA em setembro de 2015. A missão era dar calendário ao clube, que vinha jogando apenas o primeiro semestre. No Alagoano de 2016, o time só perdeu a invencibilidade na 14ª partida. Derrotou o Murici na semifinal e conquistou vagas na Série D do Brasileirão, Copa do Brasil e Nordestão. Na final contra o CRB, perdeu os dois jogos para o rival.
Chegou o Campeonato Brasileiro e o objetivo era conseguir o acesso à Série C. A campanha começou com derrota para o Parnahyba-PI, o que aumentou a desconfiança da torcida no elenco. Nas rodadas seguintes, o clube se recuperou e terminou a fase de grupos como líder. Eliminou os piauienses Parnahyba e Altos no mata-mata. O duelo que valia um lugar na Terceira Divisão de 2017 foi contra o Ituano-SP, pelas quartas de final. Duas vitórias contra o time paulista garantiram o CSA na semifinal e na Série C. Passou pelo São Bento-SP e enfrentou o Volta Redonda-RJ na final da Série D. Empate em 0 a 0 e vitória por 4 a 0 deram o título ao clube carioca.
A atual temporada gerou muita expectativa para o torcedor azulino. O calendário reservou Copa do Nordeste, Campeonato Alagoano e a Copa do Brasil somente no primeiro semestre. No torneio nacional, a campanha parou ainda na fase inicial após a derrota para o Sport por 4 a 1, em Maceió. No regional, outra eliminação na primeira fase. CRB, ABC e Itabaiana-SE estavam no mesmo grupo do CSA, que venceu só duas vezes e terminou como lanterna.
Assim como 2016, o CSA passou a primeira fase do Alagoano invicto. Foi derrotado apenas na segunda rodada do hexagonal, para o ASA, em Arapiraca. Mesmo assim, o futebol apresentado não agradou os torcedores. Durante o hexagonal, correu o risco de ser eliminado no último jogo e ficar fora da semifinal. No mata-mata, enfrentou o ASA. O empate em 1 a 1, no Rei Pelé, obrigou o time a vencer o Alvinegro, fora de casa. A vitória por 2 a 1 colocou o Azulão na segunda final consecutiva e, mais uma vez, contra o CRB.
Vivendo seu maior jejum de títulos da primeira divisão do estadual, o CSA tentava quebrar essa marca e evitar que seu maior rival ganhasse o tricampeonato. Mas não deu certo. Duas derrotas deram o terceiro vice-campeonato ao técnico Oliveira Canindé em pouco mais de um ano.
Além da mudança de treinador, jogadores estão de saída e pouco mais de 10 atletas vão ser contratados. A estreia na Série C é neste domingo, às 16h, contra o ASA, no Estádio Rei Pelé.