Um rebaixamento é sempre difícil de encarar. Após 17 rodadas, o ASA não conseguiu se manter na Série C do Campeonato Brasileiro. Olhar o time ser rebaixado não foi fácil nem para torcida e nem para os jogadores. Dos bastidores, os dirigentes alvinegros acompanharam tudo de perto, e com muita tristeza receberam a notícia da queda. O presidente do clube, Nelson Filho, lamentou muito que o Alvinegro não tenha se mantido na Terceirona, mas disse que agora é levantar a cabeça e ir à luta. Com uma rodada ainda pendente (contra o Confiança, no próximo sábado), ele sabe que precisa ser forte e trabalhar para manter o clube em pé.

– A torcida, a diretoria, todo mundo está triste com essa situação. Mas no futebol e na vida é assim, mas no futebol temos tanta oportunidade de recuperação. O primeiro pensamento é no jogo do próximo sábado, após esse jogo a gente vai ver desse plantel quem vai ficar, mas vão ficar poucos. Não é porque eles não tenham qualidade, mas porque o contrato da grande maioria vence exatamente agora. A gente vai tentar manter alguns aqui, se conseguirmos, bem, se não conseguirmos, não tem problema, vamos refazer o plantel. Não tem nenhum desespero, a gente sabe que quem entra numa disputa dessa pode se consolidar ou não. O trabalho continua e o ASA vai continuar de pé.

Se o futuro dos jogadores do ASA ainda é incerto, a situação não é diferente com o técnico Marcelo Vilar.

– Ainda não conversei com ele, essa conversa vai ser amanhã. Na terça-feira, terá a reunião com a diretoria. Não queremos tomar nenhuma medida de cabeça quente, tem que ter paciência e serenidade nesse momento – completou.

Além do rebaixamento, Nelson Filho contou que ainda tem que lidar com as dificuldades financeiras do clube.

– O ASA tem um grande nome, mas infelizmente está mergulhando numa situação difícil fora de campo. Talvez o desempenho em campo seja o espelho do que acontece fora... O torcedor sabe que os problemas são muitos, são grandes, mas só com o apoio de todos conseguiremos ultrapassar esse grande obstáculo.

Apesar de o momento ser difícil, o dirigente disse acreditar em dias melhores. Ele sabe que precisará driblar algumas dificuldades, mas espera que o ano de 2018 seja promissor.

– O time fez um bom campeonato estadual, fizemos uma bela Copa do Brasil. Dentre os times de Alagoas, o ASA foi mais longe. Vamos tentar manter os patrocinadores desse ano. É um trabalho de formiguinha, mas o ASA não vai ser abandonado, a diretoria vai continuar trabalhando. Próximo ano nós temos um calendário, só descemos um degrau, mas temos calendário para o ano todo: Alagoano, Copa do Brasil e Série D. Temos a certeza absoluta que com a junção de forças daqueles que fazem a família alvinegra vamos conseguir grandes resultados na temporada em 2018 – concluiu.