Esportes
Alagoanos vão a Sergipe e se enfrentam em Grand Prix de muay thai
Três lutadores alagoanos vão a Pirambu, interior de Sergipe, para disputar o 5º Fest Fight de muay thai, em fevereiro. Lucas Luz e Pedro Silva abrem a competição duelando entre si e tentando vaga na final do Grand Prix. O vencedor encara Daniel Zion ou Denisson, da equipe DFT. O outro alagoano, Weverton Ribeiro, faz embate único na noite contra Wallace Oliveira, atleta sergipano. Os três alagoanos estão na categoria até 63,500 kg.
Em 2017, quando estiveram no Grand Prix Nordeste de muay thai, em Camará-PE, os alagoanos tiveram bons resultados. Representando Alagoas, Lucas Luz tornou-se o segundo melhor lutador da região Nordeste, depois de duas vitórias por decisão dos juízes e uma derrota. Detalhe: uma das vitórias de Lucas foi justamente contra Zion.
Já Pedro Silva venceu por decisão unânime, e Weverton Ribeiro nocauteou o adversário. Na nova disputa, os treinadores Júnior Pinheiro e Luiz Tigrão, responsáveis por Lucas Luz, e Thamir Pereira, instrutor de Pedro e Weverton, têm o desafio de aproximar os alunos do sonho, que é uma carreira bem sucedida no mundo das artes marciais.
"A antepenúltima e penúltima semanas antes da luta são sempre as mais difíceis. É quando o atleta é mais exigido, mais castigado e sofre mais. É um dia pior do que o outro. Só na última semana o atleta descansa um pouco e se preocupa com o peso", disse Luiz Tigrão, que, além de atleta e instrutor, é responsável pelo projeto Muay Favela.
E é essa a receita que Thamir Pereira está seguindo: os atletas treinam todos os dias, com treino físico, musculação e corrida no primeiro horário, e dedicação à parte técnica no segundo período. Segundo o treinador, as lutas vão ser muito duras e, embora os lutadores já se conheçam (Pedro Silva e Lucas Luz), ele e seu comandado estão confiantes. Com 20 anos, Pedro tem seis lutas no cartel (quatro vitórias, uma derrota e um empate), mas garantiu estar na sua melhor condição física e técnica até o momento.
"Estamos trabalhando para chegar lá em cima e fazer bonito. Quero trazer esse GP para casa e espero uma guerra contra o Lucas Luz, porque ele é um atleta bem nomeado aqui no estado", disse Pedro.
Mais experiente, Lucas Luz, de 29 anos, chega ao Grand Prix como o atleta alagoano a ser batido. Ele se divide entre os treinos pesados da modalidade, com Júnior Pinheiro (Tigres Thai), às segundas, quartas e sextas; e Luiz Tigrão, às terças, quintas e sábados. Luz é praticante de crossfit e ministra aulas da arte marcial para homens e mulheres em Maceió. Com todo esse esforço, o objetivo de Lucas é fazer mais de dez lutas em 2018, trazendo títulos para Alagoas.
"Eu acordo todo dia logo cedo, entre cinco e seis da manhã, vou trabalhar (com as aulas), sigo para o treino de muay thai, trabalho novamente, e depois vou treinar a parte física na Tribo Fitness (crossfit), que vem me dando suporte. Não é fácil: conto com o apoio dos meus parceiros de treino e também dos patrocinadores, além das academias em que dou aula. É uma rotina pesada, mas é a rotina que eu escolhi e, por isso, eu sempre saio de casa querendo vencer", disse.
No mesmo ringue
Weverton Ribeiro, companheiro de treino de Pedro Silva, é o outro alagoano que representará o estado no Fest Fight. Competindo em luta única, contra o sergipano Wallace Oliveira, o atleta de Thamir Pereira conquista o seu espaço em estilos de luta diferentes, com participações no MMA amador e profissional, boxe e muay thai. Com 22 anos, ele conta 15 lutas na carreira, sendo nove no muay thai, modalidade em que ainda não foi batido. A única derrota de Ribeiro foi no MMA amador. Dentro dos ringues desde os 17 anos, Weverton espera colocar o seu nome entre as estrelas das artes marciais no Brasil e no mundo.
"Eu quero chegar onde poucos chegaram. Quero ser um dos melhores do Brasil ou, quem sabe, do mundo, com fé em Deus. Meu sonho como atleta é lutar na Tailândia, pelo muay thai, e estar em grandes eventos de MMA", contou.