Esportes
Números mostram desempenho do CSA abaixo do esperado
12/02/2018 10h10
Foram mais de 40 dias de preparação, e três vitórias convincentes na pré-temporada. Mas, nos jogos oficiais, a supremacia do CSA não valeu: duas vitórias, quatro empates e uma derrota. O Azulão fez onze gols neste período, mas quatro foram contra o Murici, último colocado do Campeonato Alagoano. O CSA é o terceiro no estadual.
Na Copa do Nordeste, a equipe amarga a terceira colocação do Grupo C, com apenas um ponto conquistado. E, pela Copa do Brasil, Mota foi o grande destaque da partida ao fazer uma defesa de pênalti nos minutos finais da partida. O GloboEsporte.com analisou os lances dos sete jogos disputados pelo time e compreendeu como vem funcionando o time de Flávio Araújo.
A defesa
O CSA tomou sete gols, somando as partidas disputadas. Entre os times do Alagoano, apenas o Murici e o CSE não conseguiram balançar as redes do Azulão. Na primeira partida da temporada, pela Copa do Nordeste, o Sampaio Corrêa escancarou o primeiro problema para Flávio Araújo: a zaga insegura. Após falha dupla de Leandro Souza e Lobão, Bruno Moura estufou as redes do Azulão, sem chances de defesa para Mota.
Mas, na partida seguinte, contra o Santa Rita, pelo Alagoano, foi Mota quem entregou o ouro. O goleiro saiu mal em cruzamento na área, e a bola sobrou para o atacante adversário. Gol vazio, chute fácil, sem erro. Mota ainda levou mais um, de pênalti, sem chances de defesa. Contra o Ceará, logo no segundo minuto, Arthur cabeceou e marcou. A bola era defensável, mas só triscou nas mãos do goleiro.
Já em fevereiro, o CSA recebeu o ASA e levou um gol de Rômulo, no final da partida. O jogador recebeu a bola dentro da área, rabiscou e mandou para as redes de Mota, sem chance de defesa. Na viagem ao Amazonas, contra o Manaus, mais dois gols sofridos: no primeiro, bola na área, passe, e gol. Nova falha de Mota no segundo: chute do meio da rua, goleiro adiantado, bola na rede e a desvantagem no placar. Ele se redimiu ao defender o pênalti que poderia eliminar o Azulão, e voltou às graças da torcida. Contra o CSE, Cajuru assumiu a vaga e não foi muito requisitado.
Gols sofridos: 7
Bola parada: 1 (Santa Rita)
Pé direito: 5 (Sampaio Corrêa, Santa Rita, duas vezes, ASA e Manaus)
Pé esquerdo: 1 (Manaus)
Cabeça: 1 (Ceará)
Cruzamento: 3 (Sampaio Corrêa, Ceará e Manaus)
Falhas: 4 (Sampaio Corrêa, Santa Rita, Ceará e Manaus)
O ataque
Onze gols marcados, bem divididos entre cinco jogadores: Didira (três vezes), Daniel Costa (duas vezes), Giva (duas vezes), Bruno Veiga, Michel, Lobão e Leandro Souza. Dos onze, quatro gols foram marcados contra o único adversário que não impôs dificuldades, o Murici. O Azulão balançou as redes do Sampaio Corrêa com muita dificuldade, já no final da partida, e contou com o oportunismo de Bruno Veiga.
Na estreia do Alagoano, pegou o Santa Rita. Tinha tudo para ser um jogo fácil, mas acabou empatado, e o CSA abriu o placar com Didira, aos 20 do primeiro tempo. Jogada de oportunismo. Aos 28, após boa movimentação e excelente passe de Michel, o meio-campista balançou as redes outra vez. Contra o Murici, foi um baile. Michel, após falha do goleiro, Daniel Costa, de pênalti, Lobão e Giva, aproveitando bons cruzamentos, deram esperança ao torcedor azulino.
Esperança essa que o Ceará não permitiu que crescesse. O CSA construiu só duas jogadas durante toda a partida, em bolas paradas. Daniel Costa ficou preso à marcação, e entregou a bola ao adversário em muitos lances. A partida mostrou Michel isolado, sem força para ganhar dos zagueiros, ou alguém para tabelar. O ataque até teve chances, e no último minuto poderia ter empatado, mas o Azulão viajou de volta a Maceió com a derrota.
Pressionado, Flávio Araújo promoveu mudanças contra o ASA, e elas deram resultado: O CSA venceu por 2 a 1, com gols de Daniel Costa, de falta, e Didira, com categoria, após passe de Xandão. O time criou mais, chamou mais o jogo, mas converteu pouco. Na estreia da Copa do Brasil, quando pegou o Manaus, muitas chances foram perdidas pela equipe: Dawhan e Giva poderiam ter dado tranquilidade na metade do primeiro tempo. Aos 44, Giva empatou, e perdeu outra chance no começo do segundo tempo. No abafa, o Azulão mandou uma bola na trave com Bruno Veiga e, aos 42, empatou com Leandro Souza, de cabeça. Classificação sofrida, e jogo contra o São Paulo marcado para a próxima quinta-feira. Neste sábado, produziu pouquísssimo contra o CSE, sem perigo ao gol adversário.
Gols marcados: 11
Bola parada: 2 (Daniel Costa, de pênalti e de falta)
Pé direito: 7 (Bruno Veiga, Didira, duas vezes, Daniel Costa, duas vezes, e Giva, duas vezes)
Pé esquerdo: 2 (Didira e Michel)
Cabeça: 2 (Lobão e Leandro Souza)
Cruzamento: 4 (Bruno Veiga, Lobão, Giva e Leandro Souza)
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