A seleção brasileira feminina vai disputar a competição mais importante de 2018 até o dia 22 de abril, no Chile. Vale muito: classifica para a Copa do Mundo e os jogos Pan-Americanos do próximo ano, além das Olimpíadas de Tóquio, em 2020. No Grupo B, o Brasil estreia contra a Argentina, nesta quinta-feira, às 19h. Equador, Venezuela e Bolívia completam a chave. O GloboEsporte.com/al conversou com a alagoana Marta, que mandou até um vídeo, avisou que não definiu quando vai se aposentar e falou sobre a importância da competição.

"As expectativas são grandes. A competição é importantíssima. Classifica para a Copa do Mundo, para as Olimpíadas. Então, não adianta pensar no futuro se a gente não conseguir uma classificação, o título da Copa América, ou pelo menos ficar em segundo. Estamos muito ansiosas e com uma expectativa muito boa", contou a alagoana.

Frio na barriga

Experiente, a alagoana também falou um pouco como se sente quando entra em campo. Eleita cinco vezes melhor do mundo e com 15 gols em mundiais, ela não esconde que ainda consegue se emocionar.

"É o que eu faço na minha vida. É o que eu me dedico. É meu trabalho. Eu vivo para o futebol. O frio na barriga faz parte. É inevitável, independentemente da experiência, de quantas Copas, Olimpíadas, competições internacionais jogou. Quando a bola rola, diminui um pouco, porque a ansiedade passa. A partir do momento em que eu não sentir essa ansiedade, esse friozinho na barriga, é porque realmente chegou a hora de parar".

Falando em parar...

Marta nunca colocou uma data para o final da carreira. Ela disse que vive um jogo de cada vez. Aos 32 anos, a atacante do Orlando Pride continua atuando em alto nível: na estreia do Orlando, dia 24, fez um gol de pênalti e se tornou a maior artilheira do time.

"É difícil colocar um limite. Não posso dizer: "Ah, vou jogar mais uma Copa" ou "Vou jogar até 2020". É difícil. Eu procuro viver um dia de cada vez, focar no meu trabalho durante essa temporada, fazer as coisas acontecerem de maneira correta, e aí sentir. Nós temos que sentir que o corpo ainda está respondendo, que ainda estamos bem. Então, é ano após ano. Vamos vivendo um dia de cada vez e vendo até onde vamos".