Esportes
Práticas esportivas do Cepa beneficiam mais de 1.300 estudantes
Num país em que a população obesa cresce a cada dia, a prática de esportes é um dos principais investimentos para quem busca saúde e qualidade de vida. Associar boas práticas desportivas à rotina escolar dos alagoanos é uma das propostas da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), por meio dos seus Centros Estaduais. Um deles é o Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), localizado em Maceió, que oferece sete modalidades esportivas que contemplam 1.370 estudantes.
No Centro de Desporto e Recreação Professora Cleonice de Barros Lima (CDR) são ofertadas seis destas modalidades. Totalmente recuperado, o CDR dispõe de ginásio poliesportivo e duas piscinas, sendo uma de salto, com 4 metros de profundidade, e uma semiolímpica de natação. Além disso, o Cepa conta com um campo de futebol de medidas oficiais, 45m x 90m, o qual tem sido disponibilizado para as aulas de educação física das unidades beneficiadas, e uma pista interna para a prática de corrida e caminhada à disposição da população.
“Atendemos, atualmente, as onze escolas do complexo e os estudantes da Escola Estadual Sebastião da Hora, que fica na Pitanguinha. São sete modalidades: natação e nado artístico, com 800 participantes e atividades diárias para alunos e servidores; handebol, voleibol e futsal, com 240 participantes; e ginástica rítmica, com 60 alunas em dias alternados. O judô acontece nas quatro escolas de ensino integral do complexo, atendendo 270 estudantes”, explica o diretor do CDR, Henrique Vilela.
Benefícios
Alunos e professores do CDR listam os inúmeros benefícios que as práticas trazem ao dia a dia, tanto nas relações com a escola, quanto com a sociedade. Responsável pelas modalidades coletivas – handebol, futsal e voleibol –, o professor Ricardo Medeiros não abre mão da disciplina.
“Além da dedicação na quadra, sempre cobro e oriento para a responsabilidade com horários, respeito aos colegas, companheirismo, bons hábitos de saúde e boa convivência. São lições para utilizar na vida deles”, afirma Ricardo.
Os atletas do time de futsal, mesmo estudando em escolas diferentes, confirmam as cobranças do treinador e reconhecem sua dedicação, além de afirmarem o quanto a prática esportiva os une. “Ele nos orienta para a disciplina, organização, ordem e passa para a gente levar isto para a escola e para a vida”, diz José Claúdio Júnior, aluno da 2ª série da Escola Estadual José da Silveira Camerino, apoiado por seus colegas.
“Aprendemos a ter mais organização, comprometimento e companheirismo uns com os outros, no dia a dia”, garante Eduardo João, que estuda no Moreira e Silva.
Com aulas diárias, a natação é a modalidade com maior número de alunos inscritos, contemplando 800 pessoas junto com o nado artístico. A popularidade das aulas se deve ao fato do Cepa ser um celeiro de talentos da natação alagoana, reunindo um grande número de medalhistas em competições estaduais e regionais. Rosangela Oliveira, uma das professoras do parque aquático, diz que as vantagens vão além da piscina.
“A natação promove inúmeros benefícios em termos de saúde e traz oportunidades para que eles evoluam ao nível de atletas profissionais. E os alunos que estão ligados ao esporte dificilmente se envolvem com más companhias e, por amadurecem o espírito esportivo, são mais disciplinados”, frisa Rosangela.
Influência positiva
Com a ginástica rítmica (GR) não é diferente. O projeto liderado pela professora Janete Martins Marques – iniciado em 2004 na Escola Estadual Jornalista Lafaiette Belo, no Benedito Bentes – chegou ao Cepa em 2016 e hoje atende mais de 60 atletas provenientes de escolas públicas estaduais de dentro e fora do Complexo, dentre elas, Samara Nepomuceno, da Escola Estadual Silveira Camerino.
“São muitos os ganhos que o esporte proporciona a estas meninas. Vejo a vontade delas de vencer e o esporte proporciona força a elas, que têm todo o nosso suporte, pois não ficamos apenas na ginástica, sempre oferecemos apoio, inclusive emocional”, revela Janete.
Ex-aluna de Janete na Escola Estadual Jornalista Lafaiette Belo, Juliana Lima hoje é auxiliar da professora no projeto do Cepa. Ela é um exemplo de como o esporte e um professor podem influenciar positivamente um jovem. “Iniciei na ginástica aos dez anos de idade com a professora Janete. O esporte é um ensaio para a vida, pois aprendemos a ser persistentes. Quando resolvi cursar Educação Física, tive todo o incentivo da professora Janete. Hoje estou aqui dando o meu melhor por elas e procuramos transmitir o máximo de valores possíveis”, enfatiza Juliana.
Observando as professoras, a iniciante Samara, há um ano na equipe, fala de seus sonhos. “Assistia às meninas da seleção brasileira e queria fazer o mesmo. Descobri que tinha aqui no Cepa e me matriculei. Estou gostando muito, mudou minha rotina e me sinto mais organizada”, revela a garota.