Esportes
Hamilton defende permanência de Interlagos no calendário da F1
As negociações têm sido longas, e até o momento com pouco sucesso
A 20ª etapa da Fórmula 1 deste ano foi disputada, mais uma vez, no circuito de Interlagos, em São Paulo. Porém, essa pode ter sido a despedida brasileira da principal categoria do automobilismo. As negociações para o Brasil se manter no calendário têm sido longas, e até o momento com pouco sucesso. O atual campeão mundial, Lewis Hamilton, exaltou o circuito paulista e demonstrou apoio na permanência para além de 2020, quando ele mesmo tentará alcançar o recorde de títulos de Michael Schumacher.
Com 10 vitórias em toda a temporada, e mais de 70 pontos para o segundo colocado, Hamilton faturou o título de 2019 da F1 com alguma facilidade. A disputa contra o companheiro de Mercedes, o finlandês Valtteri Bottas, não foi muito equilibrada. Depois de dominar o primeiro semestre, a confirmação do título veio no dia 3 de novembro, quando o britânico ficou em segundo lugar na etapa de Austin, nos Estados Unidos.
Já na corrida do Brasil, o objetivo principal de Hamilton foi defender a permanência do circuito brasileiro na F1, além de exaltar a admiração que possui por Ayrton Senna. Interlagos tem sofrido nas negociações para renovar contrato com a categoria e alguns falam até em uma taxa de R$ 84 milhões para conseguir assinar. A concorrência de um futuro circuito no Rio de Janeiro também aparece com chances de atrapalhar.
Só que o piloto britânico é um forte defensor de São Paulo. Em entrevista após terminar a corrida de Interlagos, ele disse que torce muito para as negociações darem certo. Hamilton colocou a etapa brasileira como uma das mais clássicas e, mesmo que precise de algumas alterações, já que é considerada curta, é importante para a categoria manter algumas tradições, como é com Mônaco ou até mesmo Melbourne.
Recordes para o inglês
Enquanto defende a etapa do Brasil, Lewis Hamilton já parece focado em 2020. O britânico vai terminar a temporada com mais de 380 pontos e também com o sexto título de campeão mundial. A principal meta para o próximo ano é conquistar o sétimo e igualar o recorde de Michael Schumacher, algo que as projeções de aposta esportiva já colocam como certo. No dia 19 de novembro, o piloto da Mercedes aparecia com 60,6% de chance de título, deixando para trás Vettel, Leclerc e Verstappen.
Só que esses não são os únicos números que mostram a vantagem de Hamilton contra os rivais. Uma reportagem no meio do ano mostrava que o piloto já tinha um aproveitamento acima da média nas corridas. Ele havia vencido 32,9% das provas que disputou na carreira, algo icônico e que o deixa na frente grandes nomes, como Michael Schumacher, Jackie Stewart e até mesmo Ayrton Senna. Isso mostra a diferença para os rivais.
Para o torcedor brasileiro, que todo ano consegue acompanhar de perto uma etapa da Fórmula 1, é bom ter alguém tão importante na defesa do circuito. As futuras negociações, assim como possíveis reformas, serão complicadas nos próximos meses. A vida e o futuro de Interlagos devem ser definidos até, no máximo, o meio do ano que vem, quando a F1 anuncia o calendário de 2021. Resta torcer para o Brasil se manter no calendário.