Na noite de 9 de agosto de 2012, em Londres, o jamaicano Usain Bolt pintou um autorretrato chamado "Lenda". A arte nas pistas era devido à conquista da quinta medalha de ouro olímpica. Ele iria conquistar nove no total (e depois perder uma em razão do doping de um companheiro do 4x100m). Mas, naquela noite no Estádio Olímpico londrino, Bolt havia se tornado o primeiro atleta a conquistar o bicampeonato olímpico nos 100 m e 200 metros. Podia então dizer: "Eu sou uma lenda!"

E o SporTV 2 exibe a reprise dos três ouros conquistados por Bolt nas Olimpíadas de Londres 2012 na noite desta sexta-feira, a partir das 23 horas. Antes, o canal transmite mais decisões históricas da Superliga. Na feminina, às 19h, a final entre Paraná e Minas, em 2000. E no mesmo ano, mas na masculina, às 21h, Minas e Unisul.

Bolt em Londres

Em 2012, alguns falavam aos quatro ventos que Usain Bolt, o recordista mundial dos 100 metros, já não era mais o mesmo. Tinha queimado a largada na final do Mundial de Daegu um ano antes, sofria com dores musculares e na coluna, tinha perdido para Yohan Blake nas seletivas jamaicanas. Ele ouviu e esperou. No domingo 5 de agosto, no Estádio Olímpico de Londres, Bolt voou mais uma vez, sobrou mais uma vez na turma. Apenas ele e o americano Carl Lewis conquistaram dois títulos seguidos nos 100 metros. O bicampeonato veio acompanhado da quebra de seu próprio recorde olímpico: 9s63 (a marca anterior era 9s69). Em agradecimento, se ajoelhou e beijou a pista.

Nos Jogos de Londres, Bolt tinha pressa para se tornar uma lenda. Só se consideraria assim depois que conquistasse o bicampeonato olímpico em sua prova preferida: os 200 metros. Precisou de 19s32 para isso. Na quinta-feira, 9 de agosto, se tornou o primeiro homem da história a vencer a prova duas vezes. Fez mais. Se tornou o único a conseguir dois títulos seguidos nos 100m e nos 200m. E o fenômeno jamaicano ainda ajudou seu país a ser novamente campeão nos 4x100m no sábado, dia 11. E a quebrar o recorde mundial: 36s84. A marca anterior era de 37s04, da própria Jamaica, em 2001. Ali, naquela noite, ainda ele não sabia que no Rio, quatro anos depois, repetiria tudo e conquistaria mais uma vez todas as provas que disputara. Uma lenda.

Superliga de 2000

Para começar a noite desta sexta, o SporTV 2 reprisa as decisões da Superliga de 2000. Na feminina, é a transmissão do segundo título do Paraná, time comandado por Bernardinho que, depois, iria se transferir para o Rio de Janeiro e dominar a competição por mais de uma década. Aquela foi a terceira decisão consecutiva do time paranaense, que venceu a final contra o Minas. Na sequência, às 21h, uma vitória mineira, com a reprise do primeiro título de uma sequência de três do Minas na Superliga masculina no início dos anos 2000. A vitória na decisão foi contra a Unisul, fora de casa.