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Maxi revela que Messi via os jogos do Flamengo e elogia trabalho do amigo Marcos Braz

Argentino passou a carreira a limpo e elogiou a "mudança de patamar" rubro-negra nos últimos anos

Por O Globo 20/05/2020 09h09
Maxi revela que Messi via os jogos do Flamengo e elogia trabalho do amigo Marcos Braz
Maxi pelo Flamengo - Foto: Cezar Loureiro

Maxi Biancucchi já teve diversas alcunhas nos tempos de futebol brasileiro. Brincalhão, humilde, artilheiro... mas uma especial ele teve que aprender a lidar: a de ser primo de Lionel Messi. Não que isso fosse um problema, mas ele queria escrever a própria história. Ex-Flamengo, Vitória, Bahia e Ceará, hoje está aposentado e atuando como empresário de jogadores. O argentino passou a carreira a limpo e elogiou a "mudança de patamar" do Flamengo nos últimos anos.

- Fico muito feliz em ver o clube assim. O Marcos Braz que eu conheço, é um amigo, e o pessoal que está lá dentro está fazendo um grande trabalho. No Flamengo você tem muita pressão, tem que estar toda hora brigando por título e investimento, as vezes, não é sinônimo de vitória. Você pode montar um grande elenco, mas isso não garante que você vai ser campeão. Além de grandes jogadores, tem que juntar grandes pessoas - conta Maxi. 

Por ser primo de Messi, Maxi teve que conviver com comparações durante a carreira. Ele diz que isso nunca foi desculpa ou o atrapalhou, mas teve que ver os torcedores pedindo para trazer o familiar para o clube que defendia. Hoje, brinca e revela: Messi via os seus jogos no Brasil. Ou seja, acompanhava Flamengo, Vitória e Bahia.

- Nós não temos esse contato. Na época, tinha mais conversa. Mas, sem dúvidas ele acompanhou a minha passagem no Brasileirão. Ele via os jogos do Flamengo, do Bahia, do Vitória... Eu não precisava dizer [sobre quem era] do Flamengo para ele, ele ja sabia como todo mundo.

Você ainda acompanha o Flamengo?

Sempre acompanho o futebol brasileiro, vejo bastante, principalmente os times que eu passei. Flamengo, Bahia, Vitória...me interesso em ver a tabela, como está a situação.

O que guarda com mais carinho?

Tudo. Em Salvador, do Vitória fui para o Bahia, mas mesmo assim guardo muito carinho pelos clubes. Isso mostra que, sem duvida, todos fizeram parte da minha carreira. Claro que o Flamengo é diferente, é uma massa, é outro nível, mas não consegui fazer aquele futebol que sabia fazer.

No Flamengo, foi a estreia mais especial da sua carreira? [Maxi estreou no clássico contra o Fluminense e marcou o gol da vitória por 1 a 0.

Sim, sem dúvida, foi especial. Você chegar no Flamengo, na época com 22 anos, fazer o primeiro jogo no Maracanã lotado e naquela situação ruim. Naquela época, o Flamengo estava na zona de rebaixamento, brigando na parte de baixo. Foi uma carta de apresentação para o torcedor.

Você enfrentou o Flamengo pelo Olimpia, qual a diferença?

Eu gostava de jogar contra torcidas grandes. É uma situação que você tem que saber o que vai enfrentar. Eu me lembro de um jogo do Olimpia, no Nilton Santos, e estávamos perdendo de 3 a 0 com Ronaldinho e tudo. Estávamos tomando um sapeca. O torcedor empolgado. Daqui a pouco fizemos 3 a 3. Foi bem legal.

O que atrapalhou no Flamengo?

Tive muita concorrência. Renato Augstuo, Petkovic, Sheik... quando você perde espaço, é dificil voltar. Eu era muito novo, não tinha aquela paciência que vem quando você é mais velho. No Flamengo não tem isso, você tem que saber onde você está. Tem que estar toda hora sendo titular e fazendo gols.

Como está atualmente?

Eu me aposentei tem dois anos, cansei das viagens, da concentração. Trabalho como empresário de jogadores. Moro em Assunção, temos escritório no Brasil. Trabalho junto com o Régis Marques, que trabalhou comigo em quase toda a minha carreira.  Meu sonho é levar jogador para o Flamengo.