Allan Aal começou a coletiva do CRB de forma diferente. Normalmente, o técnico não se enerva na entrevista, fala pausadamente e procura buscar explicações táticas para analisar o desempenho do time em campo.

Nessa sexta, arbitragem tirou mesmo o treinador do sério. Ele reclamou muito da expulsão do meia Renan Bressan, aos 18 do primeiro tempo, e do polêmico gol marcado por Jonathan, que deu a vitória ao Avaí por 1 a 0, na Ressacada, pela sétima rodada da Série B.

O árbitro paraense Djonaltan Costa de Araújo comandou a partida, tendo como assistentes Marcio Gleidson Correia Dias (PA) e Bárbara Roberta da Costa Loiola (PA). Allan não poupou o trio das críticas.

"Poucas vezes eu fui roubado assim por uma arbitragem. Até vou abrir mão de falar um pouco da questão tática. Não houve desfalques (Gum, Diego Torres e Jean Patrick não atuaram), e sim a gente sabia que alguns jogadores não teriam condições físicas de jogar nesta sexta. Mas a gente se sente orgulhoso desse grupo, que lutou até o fim, mesmo sendo muito prejudicado pela arbitragem", disse. 

Depois da introdução, Allan falou detalhadamente sobre os lances capitais da partida. Ele também achou o resultado injusto.

"Hoje foi uma situação atípica, uma expulsão injusta, na minha maneira de ver. Independentemente disso, a gente continuou jogando, merecia no mínimo um empate. Fomos muito prejudicados pela arbitragem, não só pela expulsão, mas pelo gol validado, que foi um gol impedido. Uma origem de lateral que era a nosso favor e ele inverteu. Depois, no segundo tempo, o árbitro mastigou a partida, procurou tirar nosso ímpeto, mas mesmo assim nós continuamos firmes e merecíamos o empate. E, no último lance, teve um pênalti claro em cima do Nicolas (Careca) que não foi sinalizado", reclamou o treinador.

Allan destacou que, mesmo sem contar com titulares importantes, o CRB demonstrou poder de reação, encarou o Avaí fora de casa e poderia até ter empatado o jogo no fim. Aos 41 minutos, Erik acertou a trave após uma bela jogada de Romão pela esquerda.