Agentes da Anvisa interromperam o clássico entre Brasil e Argentina, nesta tarde de domingo (05), após quatro jogadores argentinos descumprirem regras sanitárias ao entrarem no Brasil sem informar que estiveram no Reino Unido há 14 dias. Pelas normas vigentes na pandemia, quem esteve no país europeu deve fazer quarentena ao entrar no Brasil. A partida acabou suspensa. 

O jogo foi paralisado com seis minutos de partida. Em seguida, todos os jogadores da Argentina saíram e foram para o vestiário na Neo Química Arena. Os quatro argentinos: o goleiro Emiliano Martinez, os meias Emiliano Buendia e Giovani Lo Celso e o zagueiro Cristian Romero foram ameaçados pela Anvisa de deportação, mas mesmo assim seguiram para o jogo.

A Conmebol e a CBF entraram em contato com o Governo Federal para administrar a situação. Os quatro atuam na Inglaterra e, de acordo com portaria da Casa Civil, como estiveram em tempo inferior a 14 dias no Reino Unido, teriam que cumprir quarentena de 14 dias ao entrar no país. 

Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, explicou a situação ao vivo na TV Globo. "Os jogadores, ao chegarem em terrirório nacional, apresentam a declaração de saúde do viajante. Neste documento não falava que eles passaram por um dos três países que estão restritos. Entre ontem à noite e hoje, foi constatado que eles passaram pelo Reino Unido. Chegamos nesse ponto, porque tudo que a Anvisa orientou não foi cumprido", explicou. 

"Eles tiveram orientação para permanecer isolados para aguardar a deportação. Mas não foi cumprido. Eles se deslocaram até o estádio e entraram em campo, há uma sequência de descumprimentos", completor o diretor-presidente.