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Julgamento de Neymar: Promotoria da Espanha retira acusações e pede absolvição do jogador

Órgão pedia dois anos de prisão e multa de R$ 52 milhões ao atleta, mas cita erro do DIS e diz que julgamento foi ‘baseado em presunções, não em provas’

Por Redação 28/10/2022 15h03 - Atualizado em 28/10/2022 15h03
Julgamento de Neymar: Promotoria da Espanha retira acusações e pede absolvição do jogador
Neymar saindo do tribunal na Espanha. - Foto: Nacho Doce/Reuters

O Ministério Público da Espanha retirou nesta sexta-feira, 28, todas as acusações que havia formulado contra Neymar, seus pais e dirigentes do Santos e do Barcelona. A promotoria pediu que o jogador e os demais réus no julgamento do caso sejam absolvidos. Órgão também pedia dois anos de prisão e multa de R$ 52 milhões ao atleta, mas cita erro do DIS e diz que julgamento foi ‘baseado em presunções, não em provas’.

Em 2013, a promotoria pediu pena de cinco anos de prisão para o jogador e multas milionárias para os pais de Neymar, dois ex-presidentes do Barcelona (Sandro Rosell e Josep Bartomeu) além de punições para o ex-presidente do Santos, Odilio Rodrigues, isso pelas supostas irregularidades na transferência do jogador quando era do Santos para o Barcelona.

Na penúltima sessão do julgamento, a Promotoria decidiu retirar as acusações por considerar que não existem indícios suficientes de que crimes foram cometidos.

O promotor responsável pelo caso afirmou que não há provas, muito menos indícios, apenas suposições. “Pode ser que tenham sido violados o Código Civil do Brasil ou regulamentos da Fifa, mas não o Código Penal da Espanha”, destacou.

Neymar quando interrogado presencialmente no julgamento, em Barcelona, relatou que foi seu próprio pai quem cuido de tudo, de todos os detalhes de sua transferência do Peixe para a equipe catalã.

Tal desfecho, porém, não muda a situação das acusações formuladas pela empresa brasileira DIS, que era dona de 40% dos direitos econômicos de Neymar em 2013 e argumenta ter sido lesada na negociação.

Na próxima segunda-feira (31 de outubro), último dia previsto para o julgamento, deve sair a sentença dos juízes sobre as acusações formuladas pela DIS – que também pede a prisão de Neymar e multas milionárias para os demais réus.

A defesa do craque sempre argumentou que o crime de corrupção entre privados, que é a base da acusação, não existe no Brasil, onde os contratos relativos à transferência do jogador foram assinados. E portanto não haveria como punir os réus.

Com informações do GE.