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Emocionada, Marta fala sobre despedida da Copa do Mundo: "Fim da linha para mim"
Camisa 10 da seleção se despede de maneira precoce do Mundial, após empate com a Jamaica: "Não era, nos meus piores pesadelos, a Copa que sonhava"
Após o fim do último jogo da seleção feminina de futebol contra a Jamaica, Marta se despediu da Copa do Mundo Feminina. Com o empate sem gols em Melbourne, a seleção brasileira foi eliminada ainda na fase de grupos.
"Marta acaba por aqui, estou grata pela oportunidade que tive, e muito contente com tudo isso que vem acontecendo com o futebol feminino do nosso Brasil e do Mundo. Para mim é o fim da linha agora, para elas só o começo " disse a jogadora, em entrevista à TV Globo.
Aos 37 anos, Marta fez sua sexta participação em Mundiais. Com 17 gols, ela é a maior artilheira da história do torneio, entre homens e mulheres.
"É difícil falar. Não era, nos meus piores pesadelos, a Copa que sonhava. É só o começo. Povo brasileiro pedia renovação, está tendo a renovação, a única velha sou eu e talvez a Tamires perto de mim. A maioria do time é de meninas talentosas com caminho enorme pela frente. Termino aqui, mas elas continuam " acrescentou ela.
Pouco depois, a camisa 10 do Brasil falou com o SporTV sobre o empate sem gols com as jamaicanas. Para Marta, houve problemas de comunicação e faltou paciência ao time para trabalhar melhor a bola perto da área.
"Sabíamos que elas chegariam dessa maneira. Faltou mais paciência para a gente, os números não mentem: só uma equipe queria jogar. Elas entraram para se defender e encontrar uma bola para a número 11. Essas horas precisa de paciência e manter a bola perto da área, porque qualquer deslize encontraríamos algo, coisas que poderiam ter acontecido. Agora é seguir em frente ", comentou.
Marta também reforçou a necessidade de renovação da seleção brasileira e de apoio do público geral. Ela também lembrou que em 2024 haverá Jogos Olímpicos.
"Confio no trabalho feito, tenho total convicção se der continuidade vai dar certo. Temos que nos apegar às coisas positivas, os familiares, o apoio ao futebol feminino. Entramos como favoritas e não fizemos o suficiente para sair com a vitória. Temos talento, uma equipe forte, mas não deu certo hoje. Agora é levantar a cabeça. Elas têm chão pela frente e não pode jogar pedra no primeiro obstáculo que aparece".
*Com Ge