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Assessor do Atlético-GO detalha agressão de Felipe Melo: 'ser desprezível'
Empurrado por Felipe Melo, Álvaro Neto, assessor de imprensa do Atlético-GO, relata o que aconteceu antes da confusão com o jogador do Fluminense, e que também foi coagido por funcionários do clube carioca, além de ser agredido por um torcedor.
Logo depois do gol da virada dos visitantes, que decretou a vitória do Dragão por 2 a 1, no Marcanã, Álvaro Neto, assessor de imprensa do Atlético-GO, passou comemorando em frente ao banco de reservas do Fluminense.
"Eu dou um pulinho, sinceramente, na adrenalina, eu nem lembro direito. Eu escuto alguém me xingando, e eu sou empurrado por um ser desprezível e desumano, que é o Felipe Melo. Em momento algum sequer olhei para o banco, eu não a mirei câmera para o banco deles."
Felipe Melo foi expulso pelo árbitro após o término da partida. Na súmula, o árbitro Gustavo Ervino Bauermann escreveu que expulsou o jogador após "um empurrão de forma violenta nas costas do assessor de imprensa, que após o ato veio a cair ao solo, e assim gerando um tumulto generalizado."
O assessor Álvaro Neto relatou nunca ter passado por algo assim. "Tenho 10 anos de futebol, entre idas e vindas, é a minha terceira vez no Atlético-GO, também trabalhei no Goiás. Trabalhei em rádio também, sou jornalista formado."
"O Felipe Melo tira fotos na cama com as taças que ele ganha. Mas o fato dele ter muitos títulos não muda o fato dele ser desprezível. Todo mundo do futebol sabe disso", completou o assessor.
"E muita coisa aconteceu depois. A assessoria do Fluminense me coagiu, foi lá conversar com a minha supervisão, mostrar o tal do 'pulinho'. Fui xingado pelo staff do Fluminense. Também fui agredido por um torcedor do Fluminense que estava nos camarotes e risca minha cara."
"Felipe Melo uma hora vai fazer uma merda que não pode. Fácil é bater em assessor de imprensa. Sou uma pessoa de um cargo pequeno, posso ser demitido. Posso nunca mais trabalhar em nenhum outro clube", finalizou Álvaro Neto.
O que dizem os clubes
O Atlético-GO postou um vídeo em que alega que não houve provocação por parte do assessor, rebatendo o argumento dos jogadores do Fluminense.
Este é o único vídeo feito após o gol. Não houve sequer uma "invasão" de campo. O retorno após a gravação é feito próximo a linha. Não houve olhar, não houve filmagem, não houve absolutamente nada direcionado ao banco do Fluminense.
Já Fernando Diniz, técnico do Tricolor, falou sobre o momento envolvendo Felipe Melo após a partida. Ele disse "não ter visto o lance" e reforçou que o jogador "veste a camisa do clube de corpo e alma".
Tenho uma relação positiva com ele [Felipe Melo], ele tenta defender o clube. Não vi o lance em si. Ele é um cara que veste a camisa do clube de corpo e alma. É saber colocar a cabeça no lugar. Normalmente, se perde a cabeca quando a torcida começa a vaiar, e isso é uma oportunidade de crescer nesse momento
Fernando Diniz
Procurado pela reportagem do UOL, a assessoria pessoal de Felipe Melo informou que o jogador não irá se pronunciar sobre o caso. O departamento de comunicação do Fluminense ainda não se manifestou até a publicação da nota. Caso isso aconteça, a matéria será atualizada.