O técnico Jorge Jesus, atualmente no Al-Hilal, da Arábia Saudita, expressou seu interesse em treinar a Seleção Brasileira, mas sofreu as dificuldades que técnicos estrangeiros enfrentam para assumir o comando da equipe. Em entrevista ao jornal português A Bola, Jesus falou sobre suas ambições e os desafios de um treinador não brasileiro liderou a seleção. 

"Eu só gosto de trabalhar em clubes que ganhem títulos. A Seleção Brasileira é diferente, claro que é uma ambição, não nego. Mas será difícil. No Brasil, difícil um treinador estrangeiro entra na Seleção. Acho que eu, pode ser que mude, mas infelizmente eles não ligaram muito para que um treinador estrangeiro, seja quem for, treine a Seleção do Brasil", disse Jorge Jesus. 

O treinador ainda destacou sua passagem pelo Flamengo, entre 2019 e 2020, como um diferencial que o coloca em uma posição mais próxima, caso a Seleção um dia abra as portas para estrangeiros. À frente do Flamengo, Jesus conquistou títulos importantes, como a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro de 2019, além de outros troféus, o que reforça sua trajetória de sucesso. 

"Se for um estrangeiro, penso que sou o que pode estar mais perto. Porque só torcedores do Flamengo são 50 milhões. Mas não quero fazer um cenário com aquilo que pode acontecer na minha carreira. Porque foi sempre assim que eu pautei a minha carreira : o futebol é dia a dia Digo isto aos meus jogadores", acrescentou. 

Jorge também falou sobre sua forma de gerenciar a carreira e explicou por que prefere renovar contratos de curta duração, mantendo o foco no presente. 

"Não faço muitos projetos, por isso que eu só assino contratos de um ano em todos os clubes. Este clube queria que eu assinasse por três, depois por dois e eu disse que não. Só quero um ano porque o futebol é momento. Agora Estou bem, mas daqui a duas ou três semanas se não ganhar, tudo é assim em todo o mundo. Não faço projetos para o futuro'', finalizou.