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Lazer aos domingos, Rua Fechada é alvo de insegurança
Há quase duas décadas tem sido assim: parte da Avenida Silvio Viana, na orla da Ponta Verde, é fechada para se tornar espaço de lazer das famílias da capital alagoana. Apesar de ter se tornado um lugar de referência na prática de esportes e lazer, a Rua Fechada registra sucessivos casos de violência.
Embora o local seja uma opção de lazer da capital alagoana, muitos maceioenses tem se queixado da falta de segurança no local. “Fui assaltada há um mês. O fluxo de pessoas tem sido tão grande para um espaço que se tornou pequeno que os ladrões se aproveitam disso. Eles formam um aglomerado e sem que perceba, levam os itens pessoais das de quem passeia pelo local. Fora aqueles que só vão por que sabem que não é preciso nem abordar a vítima”, afirma a estudante Giovana Oliveira, 17 anos.
“A falta de segurança faz com que várias famílias e até mesmo jovens que se encontravam na Rua Fechada acabem encontrando outra forma de lazer no fim de semana”, ressalta a estudante.
Segundo a assessoria da Semel, há patrulhamento constante feito por guardas municipais e pela Polícia Militar no local, mas a segurança é uma questão que vem sendo debatida na prefeitura.
A Rua Fechada é um ponto de encontro para pessoas de todas as idades. Cerca de 600 pessoas costumam passar pelo local – que funciona das 8h às 18h, sempre aos domingos. A faixa etária dos frequentadores varia de 12 a 20 anos, contando ainda com a presença de idosos.
Lazer e diversão gratuita
A Rua Fechada é usada para diversas atividades. É comum que os frequentadores façam piquenique com os amigos, pratiquem esportes como slackline, skate, bicicleta, patins e muitos outros.
Para Michele Bethiane, 20 anos, estudante de Gestão e Engenharia Ambiental e Sanitária, a Rua Fechada faz parte da sua rotina. “Estou sempre indo [à Rua Fechada] para andar de longboard e levar meu cachorro para passear. O mais legal é que vários amigos aprenderam e foram influenciados a praticar esportes justamente por frequentarem o espaço”, afirma.
Rua Fechada na parte alta da cidade
Foi por trazer uma experiência positiva para Maceió que Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel) teve a inciativa de realizar o projeto em outros dois locais da cidade, na Praça Centenário, no bairro do Farol – onde já acontece há mais de um ano – e, recentemente, no conjunto Graciliano Ramos.
Segundo a Semel, o objetivo é fazer com que estes locais sejam uma forma de socialização dentro das comunidades. “Queremos incentivar a prática de hábitos saudáveis, além de estimular a inclusão social e a reunião de famílias e amigos em busca de momentos de descontração”, declarou o secretário responsável pela pasta, Antônio Moura.
“Sempre que posso levo minha família no final da tarde. Tenho dois filhos, um de sete e outro de três anos de idade. É um local onde eles podem brincar; minha esposa e eu relaxar. Em um tempo onde tudo que você tem é um apartamento fechado, um local ao ar livre para crianças se divertirem é essencial, né?”, comenta o empresário Carlos Ferreira, de 38 anos.
Para a estudante Lara Cecilia, 16 anos, moradora do Conjunto Graciliano Ramos, a abertura do espaço se tornou também uma oportunidade de renda. “Estou juntando dinheiro para a minha formatura, então vou todos os domingos para vender água”, conta.
Projetos Culturais
Quem vai à Rua Fechada sabe que o que não falta são atrações para encantar o público. Partindo de ONG’s, associações representativas e até mesmo dos próprios moradores da cidade o entretenimento vai de música a teatro.
No início deste ano as exibições na Rua Fechada foram de grupos de Pastoril Estrela de Belém, Associação Folclórica Pedro Teixeira, Guerreiro Mensageiros de Padre Cícero, Guerreiro São Pedro Alagoano, Fandango do Pontal, Bumba Meu Boi Dragão, Maracatu Baque Alagoano, Grupo Folclórico Pedro Teixeira, Baianas Flôr de Lis, e Grupo Folclórico Ganga Zumba.
As Ruas Fechadas de Maceió acontecem na Praça da Centenário das 8h às 14h; no Graciliano Ramos das 14h às 18h; e na Ponta Verde das 8h às 18h.