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Estaleiro de Coruripe ainda não possui terreno
A implantação vem sendo articulada desde 2011 e mesmo com licença ambiental o projeto continua no papel
Alardeado no segundo mandato de ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), o estaleiro era a menina dos olhos da gestão tucana. O que era para ser um boom de popularidade virou novela. Após cinco anos sem sair do papel, o empreendimento conta com licença ambiental, mas não possui o terreno para ser construído. A informação foi dada pelo governador Renan Filho (PMDB), em visita a Arapiraca, realizada nesta segunda-feira (06).
“O governo anterior não comprou nem o terreno. Passou esse tempo inteiro falando do estaleiro, mas o estaleiro não tem o espaço”, afirmou Renan Filho ao dizer, em seguida, que o empreendimento é um dos únicos do país que detém licença, mas não possui terreno para construção. Em seguida, o governador negou que haja verba alocada para a desapropriação da área para a instalação do estaleiro.
A implantação do antigo Estaleiro Eisa Alagoas, que passou a ser chamado de Estaleiro Nordeste (Enor), vem sendo articulada desde 2011, no segundo mandato de Teotonio Vilela. A princípio, o empreendimento seria construído no Pontal do Coruripe, mas a licença foi negada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em julho de 2013. O órgão decidiu que a área não era ambientalmente viável para a instalação do empreendimento.
Desde então, o grupo Synergy se reuniu várias vezes com representantes do governo do estado pra encontrar o espaço ideal para o empreendimento. No final de 2013, o Ibama aprovou o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) que trata do projeto. A nova área escolhida também fica no município de Coruripe. O espaço escolhido foi na comunidade do Miaí de Cima.
Em 2014, o Ibama concedeu a licença de implantação para a construção do Estaleiro do Nordeste, cuja expectativa é gerar cerca de dez mil empregos.