Até o final de 2016 cerca de 2.500 policiais militares de Alagoas vão entrar para a reserva remunerada, que significa que parte do efetivo não estará em atividade. A informação foi revelada pelo governador Renan Filho (PMDB) durante uma reunião com empresários realizada na última quinta-feira (09).

O efetivo da PM de Alagoas, hoje, é de cerca de 7,5 mil homens. Na prática, a aposentadoria dos 2.500 agentes significa que de cada três policiais que estão em atividade, atualmente, apenas dois vão continuar na corporação em 2017.  Até o final do próximo ano, um terço dos militares não continuarão na ativa.

A situação se agrava, ainda mais, pois o governo não pode contratar novos militares porque ultrapassou o limite máximo de gastos com pessoal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Com isso, Alagoas corre o risco de ver seu efetivo policial militar reduzido a 5 mil homens.  Considerando todo o número de agentes na Polícia Civil, no Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, o efetivo conta com 10,5 mil servidores, o que daria um policial para cada 330 habitantes (a Organização das Nações Unidas recomenda um para cada 250 habitantes).

Essa proporção deve mudar até o final de 2016, com a saída dos militares. Com a aposentadoria, o efetivo policial do Estado será reduzido para cerca de 7 mil servidores e a proporção será de um policial para cada 470 habitantes.