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Samu atende cerca de cinco casos de cardiopatas por dia

Por Agência Alagoas 20/04/2015 08h08

De 2013 ao dia 25 de março deste ano, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Maceió atendeu 3.583 casos de vítima de complicações cardíacas. A estatística demonstra que são cerca de cinco casos por dia. O maior vilão do surgimento da doença é o estresse do dia a dia e falta de exercício físico, além de ingestão de alimentos inadequados.
 
Os atendimentos realizados em cardiopatas em 2013 foram 1.839, em 2014 foram 1.321 e, de janeiro deste ano até março deste ano, foram 423.
 
De acordo com o gerente geral do Samu Maceió, Lucas Casado, todos os profissionais, antes de atender, recebem treinamento através do curso Atendimento Pré-Hospilatar (APH) – que tem um módulo exclusivo sobre emergência cardíaca voltado para técnicos de enfermagem e condutores socorristas –, além de outros cursos exclusivos sobre emergência cardiológica para médicos e enfermeiros.
 
“O número revela que precisamos ter profissionais qualificados para atender a demanda e isso nós temos”, comentou.
 
Segundo o médico Austry Ferreira de Lima, que trabalha no Samu há mais de 12 anos, são fatores que podem aumentar as chances de desenvolvimento de problemas cardíacos pessoas acima dos 50 anos, diabetes e hipertensão, hábitos alimentares inadequados e falta de exercício físico regular, além de familiar que tenha apresentado problemas cardíacos. 

Um dos principais sinais de que a pessoa está tendo problema cardíaco é falta de ar (agonia), dor no peito, coração acelerado e sudorese. A dor, segundo o médico, pode irradiar para outros órgãos como: mandíbula, pescoço, dorso (costas), abdômen e ombro. 
 
E o que fazer ao perceber que um parente ou amigo apresenta um problema cardíaco? O médico orienta deixar o paciente sentado e em repouso num local bastante arejado; mastigar três comprimidos “AAS” e chamar imediatamente o Samu – discando 192. É importante lembrar que as
emergências cardíacas precisam ser atendidas imediatamente ou em até 4 horas, caso contrário o paciente pode vir a óbito. 

Agilidade no atendimento à população
 
Quem pode comemorar a vida é a dona Renê dos Santos Silva, 76 anos, moradora do bairro de Bebedouro. Às 20h do último dia 25 de março a senhora estava com dor peito, que irradiava para o braço, além de taquicardia e muita sudorese. 
 
Assim que sentiu esses sinais, a filha, Maria Verônica, chamou o Samu. “Foi a sorte de minha mãe, porque em menos de 20 minutos a equipe estava aqui. Além de ter problemas cardíacos, minha mãe também tem diabetes e isso complicou mais ainda a situação dela, mas agora ela está contando o caso”, contou.
 
Dona Renê foi levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde recebeu os atendimentos complementares. 
Morador do Feitosa, Cícero Cristóvão Silva, 56 anos também recebeu atendimento rápido do Samu no dia 11 de março, Às 19h40.
 
“Senti dor nas costas até a clavícula e o fôlego estava sumindo. Mas fui bem atendido, o pessoal do Samu chegou em menos de 15 minutos e me levou rapidamente para o HGE, onde fui para uma enfermaria”, disse.
 
Outro paciente que foi atendido pela equipe do Samu foi Fernando Andrade Medeiros, 67 anos, que mora no Barro Duro. A esposa, Dona Maria das Dores, disse que o marido, que está em Recife, apresentou fortes dores no abdômen e estava em crise por causa do diabetes, além de uma forte virose, no dia 10 de março.
 
“Tudo isso deixou ele muito doente. Chamei o Samu, expliquei tudo que estava acontecendo e a equipe chegou rápido, graças a Deus”, comemorou.
 
Todos os socorristas do Samu são treinados para realizar assistência adequada às vítimas de trauma com quadro de insuficiência coronariana (angina ou infarto do miocárdio), ou casos de parada cardiorrespiratória de causa clínica. Durante os cursos, são trabalhados ensinamentos teóricos e práticos das manobras de salvamento em emergências cardíacas ou síndromes coronarianas.