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Vereadores acusados de receber propina voltam a trabalhar

Por determinação do TJ-AL, três suspeitos de corrupção reassumirão seus cargos no município

Por Redação 28/04/2015 16h04
Vereadores acusados de receber propina voltam a trabalhar
Foto: G1/AL

O pedido de mandado de segurança dos três vereadores de Joaquim Gomes afastados do cargo no ano passado, foi concedido nesta terça-feira, 28, pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL).

Cícero Almeida Lira (PPS), Antônio Emanuel de Albuquerque de Moraes Filho (PR) e Antônio Márcio Jerônimo da Silva (PR) foram acusados de terem recebido propina do prefeito Antônio Araújo Barros, “Toinho Batista” (PSDB), mas, de acordo TJ, Pleno considerou que afastamento cautelar deve durar no máximo um periodo de 180 dias, permitindo que vereadores pudessem assumir novamente seus cargos.

De voto vencido, o desembargador Tutmés Airan vai lavrar a decisão. “Entendo ser razoável a medida determinada. É de todo sabido o poder de influência de um representante do Poder Legislativo, ainda mais em cidades pequenas como Joaquim Gomes, onde os desmandos locais são uma triste rotina”, disse desembargador.

O caso
Oito vereadores e o ex-secretário de Saúde de Joaquim Gomes, Ledson da Silva, foram presos em outubro do ano passado, sob suspeita de participar de um esquema de corrupção para apoiar o ex-prefeito Toinho Batista. Em depoimento, segundo o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL), todos os acusados negaram que o dinheiro recebido tratava-se de propina.
Alguns dos suspeitos e o ex-secretário aparecem em vídeos gravados, em operação um carro. Em imagens obtidas, Silva entrega dinheiro aos vereadores, que segundo o MP seria a propina paga pelo prefeito.