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Pressão alta é fator de risco para AVC e infarto do miocárdio
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das doenças mais freqüentemente diagnosticadas no adulto estando presente, em média, em 30% das pessoas com mais de 18 anos. Essa frequência tende a aumentar com a idade, de forma que na faixa etária acima dos 70 anos, em torno de 75% das pessoas são portadoras de HAS.
A literatura médica indica que a hipertensão é um dos fatores de risco mais importantes para as doenças do coração e para os derrames, que conjuntamente determinam 30% da mortalidade anual dos brasileiros. Em todo o mundo a doença está presente em 54% das pessoas que faleceram em decorrência de acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame e em 47% daquelas que faleceram como consequência da doença isquêmica do coração, como o infarto agudo do miocárdio, por exemplo.
Em virtude de tantos números e do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado no último domingo (26), a Santa Casa de Maceió realizou na orla da praia de Ponta Verde uma ação educativa visando orientar as pessoas sobre as estratégias que podem prevenir ou retardar o aparecimento da HAS e a importância de se medir a pressão arterial com regularidade.
Para os hipertensos identificados durante a atividade, a equipe de profissionais enfatizou a importância do acompanhamento médico, das orientações nutricionais e da atividade física, assim como o uso regular da medicação prescrita.
Realizada no Centro da capital alagoana em 2014, a atividade já integra o calendário anual de atividades para a comunidade da Divisão de Ensino e Pesquisa (DEP). Na edição deste ano a equipe da DEP contou com a parceria dos alunos do Curso de Medicina do Cesmac e dos professores da Universidade Federal de Alagoas.
Segundo a Gerente da DEP, Maria Alayde Mendonça Rivera “mais uma vez a Santa Casa de Maceió cumpriu seu papel de ajudar a comunidade a investir no cuidado com a saúde e em defesa da vida”.
Durante a ação foram atendidas cerca de 300 pessoas, de ambos os sexos e de todas as faixas etárias, através da medida da pressão arterial e do Índice de Massa Corporal (IMC), que indica se há excesso de peso. “Além de orientações gerais sobre a saúde cardiovascular, os participantes receberam uma cartilha com orientações para o auto-cuidado no que diz respeito aos fatores de risco para as doenças cardiovasculares, cujo conteúdo serve para toda a família”, concluiu.
Números
Apesar da ampla divulgação sobre a HAS e os demais fatores de risco para as doenças cardiovasculares (derrames e doença isquêmica do coração), estudos realizados nas cidades brasileiras, inclusive em Maceió, demonstram que em torno de 50% dos hipertensos brasileiros desconhecem a sua condição e dos 50% que se sabem hipertensos, apenas um terço está em tratamento e desses apenas um terço tem a pressão controlada. Dessa forma, ainda hoje, em torno de 80% dos hipertensos ainda não se beneficiam do controle da pressão arterial, que reduz as chances das complicações da HAS ocorrerem.
As complicações da HAS, além dos derrames e das doenças do coração, abrangem ainda a doença renal crônica com indicação de diálise ou transplante e a doença vascular dos membros, entre outras.
Para incentivar as campanhas educativas populacionais, com o intuito de aumentar as taxas de diagnóstico e de controle da HAS, o governo federal brasileiro sancionou em 2002 a Lei Federal n.º 10.439/2002 que estabelece o dia 26 de abril como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.