A circulação de veículos nas praias de Maragogi é um problema que persiste sem que haja uma ação mais firme da Polícia Militar e do Ministério Público na cidade. A “passividade” com que o problema vem sendo encarado transformou a situação incontrolável por parte das autoridades constituídas.

No último feriadão de primeiro de maio foi constatado que as praias de Maragogi se transformaram em pistas de testes para realização até de pegas com os famigerados “fapinhas”, que infestam as praias e até a rodovia AL 101 Norte em Maragogi.

Crianças foram flagradas guiando esses veículos, bugres em alta velocidade e até motocicletas de rally fazendo acrobacia entre os Distritos de Barra Grande e Peroba. 

Podem ser encontrados na região, também, vários depósitos plásticos com gasolina e mangueiras para abastecer os veículos na areia.

Segundo informações colhidas por moradores, isso ocorre todos os dias sem que os infratores sejam incomodados pela polícia militar.

 As denúncias são muitas, mas a inércia de ações coercitivas tem propiciado a impunidade e transformado um paraíso em um inferno. 

Segundo declarações de empresários de pousadas e hotéis, um grupo de donos desses veículos, seriam “imunes” as ações da lei. 

O vereador por Maragogi, Josemir Cavalcante, disse que, por várias vezes, já solicitou providência sobre a invasão das praias pelos veículos, mas nada até agora foi realizado de concreto para proibir essa infração. 

Segundo ele a prefeitura seria responsável pela fiscalização e disciplinamento do trânsito. O problema é que não existe na legislação de trânsito liberação da faixa de praia para circulação de veículos. Praia é área da União e não é rodovia, portanto, a prefeitura não legisla sobre área federal .

O Chefe da 5ª Seção da Polícia Militar, o Tenente Coronel José Maxwell,disse que existe um Termo de Ajusta de Conduto (TAC) para a circulação de bugres cadastrados, que devem seguir normas de segurança.

Cerca de 53 bugres estão cadastrados na associação em Maragogi com autorização para circular pelas praias, segundo o TAC assinado através do Ministério Público em Maragogi, situação que está para ser revista pela Procuradoria Geral de Justiça.

Outro perigo que envolve a atividade ilegal de alugar os “fapinhas” nas praias de Maragogi é os depósitos de combustível (gasolina), que ficam postos nas areia da praia. O abastecimento ocorre de forma perigosa com mangueiras. 

O local fica impregnado de resíduos de óleo e gasolina, causando não só perigo de incêndio, como danos ambientais aos pequenos caranguejos e crustáceos presentes na areia que está dentro de uma área federal de preservação ambiental.