Os vereadores de Joaquim Gomes, Emanuel de Albuquerque Morais Filho, o Maninho do Araçá (PR) e Antônio Márcio Gerônimo (PR), que foram afastados dos cargos em 2014, receberam do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) a determinação de retorno aos cargos, no entanto, vereadores da cidade instauraram uma Comissão Permanente de Investigação (CPI) e os políticos foram novamente afastados dos serviços.

 De acordo com a decisão do TJ-AL, o vereador Cícero Almeira Lira (PPS) também deveria retornar ao cargo, mas o nome dele não foi citado na sessão.

 Para que Maninho Araçá retornasse ao cargo, o vereador suplente Kernne Petriny Soares de Melo, que estava na presidência da Câmara, deixou o cargo e o vice-presidente, Júlio Fragroso assumiu. Ele presidiu a sessão e leu os dois decretos legislativos que afastou por 90 dias Araçá e Márcio Gerônimo.
Para  Maninho Araçá, os vereadores suplentes não estão respeitando uma decisão judicial. “assim que saiu a decisão eu entrei com um mandato de segurança para impedir que eles nos afastassem de novo. Mas o processo não foi julgado e eu novamente injustiçado”.

Já Márcio Gerônimo diz que a atitude dos suplentes é ilegal. “Eu denunciei um rombo na prefeitura e, por isso, fui afastado. Tudo isso não passa de golpe político. Como eu sou envolvido em esquemas, se moro em uma casa alugada e ando de carro popular?”, questiona o vereador.

Entenda o caso

Oito vereadores e o ex-secretário de Saúde de Joaquim Gomes, Ledson da Silva, foram presos no dia 8 de outubro de 2014, sob suspeita de terem recebido propina do prefeito Antônio de Araújo Barros, o “Toinho Batista”(PSDB). Em depoimento, segundo o MP, todos eles negaram que o dinheiro recebido do secretário tratava-se de propina.

Alguns dos suspeitos e o ex-secretário aparecem em vídeos gravados, sem que eles soubessem, em transações dentro de um carro. Nas imagens, Silva entrega dinheiro aos vereadores, que segundo o MP seria a propina paga pelo prefeito.