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IMA: Mancha na praia da Jatiúca foi causada por esgoto

Por Da Redação 08/05/2015 16h04
IMA: Mancha na praia da Jatiúca foi causada por esgoto
Foto: reprodução

Em reunião realizada nesta sexta-feira, 8, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) apresentou o resultado final das análises das amostras colhidas nas praias urbanas de Maceió após aparecimento de mancha escura que surgiu no domingo passado.

De acordo com relatório do IMA a coloração escura da água foi devido ao esgoto lançado diretamente no mar na área.  Amostras apontaram que há 3,5 milhões de coliformes fecais a cada 100mL analisados. 

Segundo Ricardo César, coordenador de gerenciamento costeiro do IMA, há um determinado valor de coliformes provenientes da próprio oceano, mas que o índice alto comprova que são dejetos humanos.  

"O índice normal é de até mil coliformes fecais por cem mililitros (1 mil/100mL). Quando eles estão presentes acima disso, quer dizer que há dejetos. A análise apresentou um valor muito elevado, então mostra que é dejeto humano, esgoto", afirma coordenador. 

O representante da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), que esteve presente em reunião nesta sexta-feira, ratificou a teoria do IMA.  De acordo com o engenheiro da Companhia, Cid Carlos, o problema foi causado por esgoto, mas não dá para definir a origem ainda, pois, para órgão, há inúmeras possibilidades.

"É possível que tenha sido retorno do esgoto da própria Casal, mas também pode ter sido outras causas, até uma galeria da prefeitura ter obstruída com lixo que estourou, indo desaguar na Jatiúca", afirma Cid Carlos.

Orgãos ambientais estão discutindo soluções para a dissolução da mancha. De acordo com IMA, assim que responsável for identificado será aberto um processo por crime ambiental.

O instituto colheu amostras em outras duas galerias, 30 metros ao norte e ao sul do local onde surgiu o problema já que inicialmente suspeitava-se que o problema poderia ter sido causado pela lavagem das galerias de águas pluviais, mas hipótese foi descartada.

"Vamos continuar monitorando essas galerias para entender como elas se comportam. Queremos identificar a origem e fazer intervenção", afirmou Ricardo César.