A Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) enfrenta problemas com a falta de professores. Dos 300 docentes necessários para 7.000 alunos,  a rede de ensino possui apenas 180 professores, dos quais 100 são contratados. Uma paralisação está prevista para o fim deste mês, com hora e data a serem definidas, em todos os municípios dos quais residem os campi da instituição.

Renan Rocha, professor da Uneal, reclama de reduções de docentes na universidade. Ele informa que até julho a instituição perderá em média mais dez professores. “Não dá para acreditar nessa situação. Imagina como os alunos vão ficar no próximo semestre” , lamenta. 

No governo anterior, foi realizado um concurso com 50 vagas para professores. A reivindicação acontece porque até o momento nenhum docente foi chamado para preenchê-las. Renan Rocha afirma que o governo atual conhece a situação, mas se nega a efetivar. A  justificativa dada é de que no momento não há orçamento para o pagamento de custos adicionais, como 13° aos profissionais.   

A assessoria do estado, quando procurada, informou que até o momento não existe previsão para novas contratações. A justificativa é a de que a lei orçamentária em vigência não tem espaço na folha de contratação. 

Uma reunião entre professores e sindicato foi realizada esta semana para organizarem um protesto com data e horário a serem definidos. O movimento ocorrerá no fim do mês nas ruas de todas as cidades que abrigam os campi da Uneal. 

A Universidade Estadual de Alagoas, que possui  44 anos de existência, tem um total de 7.000 alunos, 32 cursos e 6 campi em Maceió e espalhados pelo interior. A verba que a instituição recebe mensalmente, segundo assessoria, de R$ 265 mil passou para R$ 253 mil.