A atual secretária de Saúde de Alagoas, Rosângela Wyszomirska, informou durante entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (14), que auditoria interna revelou que a gestão anterior deixou uma dívida de, pelo menos, R$ 118 milhões onde, segundo ela, não há previsão para a realização do pagamento. Antes da coletiva, empresários realizaram um protesto no bairro de Jaraguá, para cobrar pagamento de R$ 36 milhões que estariam em atraso desde o ano de 2014. 

"Nossa situação financeira atual é difícil de lidar. Em janeiro deste ano, tínhamos quase R$ 156 milhões em despesas, algumas delas atrasadas do ano anterior. Conseguimos pagar até agora R$ 37 milhões. O restante nós iremos pagando no decorrer do ano, de forma parcelada. Esperamos concluir os pagamentos ainda em 2015", afirma a secretária.

A maior parte das dívidas da Sesau está ligada a contratos com fornecedores. Contudo, a secretaria também deve mais de R$ 16 milhões à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), que efetuou pagamentos de salários que estavam atrasados no fim do ano passado.

Entre os procedimentos irregulares deixados pela gestão interior, os mais comuns envolvem cancelamento de empenhos, serviços prestados ou produtos entregues e com notas fiscais já apresentadas à Secretária do Estado da Saúde de Alagoas (Sesau). 
Jorge Villas Bôas, secretário da Saúde no governo de Téo Vilela, disse em nota publicada no Blog do Edivaldo Junior, ontem, 13, que deixou R$ 51 milhões (R$ 10 milhões na conta corrente e R$ 41 milhões de crédito efetuado pelo Ministério da Saúde em janeiro de 2015) para quitar as dívidas processadas e não processadas. 

 “Encontramos pagamentos em aberto até de meses mais antigos, como agosto, setembro, que vão muito além dos valores relatados pelo ex-secretário”, afirma secretária. Wyszomirska revela que encontrou um “conjunto de grandes problemas” no setor financeiro da Sesau. “Ficou processo sem empenho, processos empenhados e cancelados e outros já com notas fiscal e mesmo assim o empenho foi cancelado”, explica Rosângela.