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Zona Trash: o filme de terror alagoano

Por Danielle Quartezani, estagiária 19/05/2015 15h03
Zona Trash: o filme de terror alagoano
Foto: reprodução/facebook

Foi há dez anos que Clauwelivan Rocha e seus amigos tiveram a ideia inusitada: produzir um longa-metragem trash em terras alagoanas.  Após três anos de muita persistência, Zona Trash, que já foi exibido de forma independente no interior do estado, será apresentado na mostra cultural  Cinema de Cordas que acontece em São Paulo nos dias 25 e 26 de junho.

O filme conta a história de Jorge, um sertanejo oriundo de Olho d'Água das Flores, que ao retornar para a sua terra natal se depara com um cenário devastador: Zona Lixo, local onde nasceu, virou cenário de uma praga que tem o poder de ressuscitar os mortos. Agora, ele terá que se aliar aos poucos sobreviventes do local para poder escapar dos terrores da praga de zumbis.

A trajetória pecorrida por Clauwelivan, 25 anos, diretor do longa, não foi fácil. Após produzir pequenos curtas-metragens ele decidiu que estava na hora de tirar do papel o seu maior projeto: o filme de terror sertanejo. 

E foi assim que no ínicio de 2011 o pequeno município de  Olho d’Agua das Flores se viu rodeada por zumbis e câmeras. O filme, produzido de forma totalmente independente,  foi  concluído no final do ano passado. 

O orçamento, em torno de R$ 1,000, foi usado para efeitos cinematrográficos, equipamentos e maquiagem – que precisou ser mais elaborada por se tratar de um filme de terror. Todo restante , desde do roteiro, elenco à edição de vídeo foi voluntário. 

Clauwelivan conta que ninguém além da produção acreditou que o filme poderia realmente sair. “Achavam que era brincadeira quando falávamos. Não houve apoio da prefeitura ou de qualquer patrocinador. Ninguém comprava a ideia ou nos levava a sério”, desabafa.

Agora, após término da produção do filme, Clauwelivan e seus amigos começaram a divulgar o longa  por conta própria. Juntos, eles já pecorreram mais da metade do estado pedindo para que as pessoas comprem seu filme. Eles vendem cópias do longa  em DVD no valor R$ 5,00.

“Nós saimos na rua em busca de apoio e porque precisamos arrecadar dinheiro para podermos comprar equipamentos e porque queremos investir no nosso próximo filme que também será fundamentado dentro da cultura alagoana”, conta.