Técnicos ligados ao Programa Cata Mais, da Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego, fizeram uma visita ao lixão durante o Governo Presente, em Arapiraca. Eles conheceram as condições de trabalho e a situação dos catadores que promovem a coleta seletiva no local.
 
Foi apresentada aos catadores a proposta do Projeto Cata Mais para melhorar as condições de trabalho deles, tirando-os do lixão e formando-os em associações e Cooperativas equipadas de estrutura para que eles possam gerar renda com mais dignidade.
 
O coordenador do projeto, Bêda Diaz, observou na oportunidade que os catadores trabalham sem nenhum tipo de proteção e totalmente expostos a condições insalubres. O que sensibilizou os técnicos e os encorajou a convencê-los sobre a mudança de vida.
 
“A reação deles em relação à proposta foi bacana. Eles sabem que o lixão vai acabar porque há uma lei que determina a substituição dos lixões por aterro sanitários controlados. O que significa que todos terão que arrumar outra alternativa para o trabalho com reciclagem”, comentou o coordenador.
 
Para Gabriel da Silva, que atua no lixão há mais de cinco anos, a condição de todos é de dificuldade, mas deixou claro que os catadores gostariam de mudar de situação caso tivessem oportunidade real.
 
“Nosso trabalho aqui é muito difícil. A gente tá arriscado a se ferir e contrair doenças em contato com lixo de toda a sorte. Se tiver uma possibilidade de melhorar de vida é claro que a gente vai pegar. A gente tem família pra criar, né mesmo? indagou.
 

Alternativa

Para o secretário de Estado do Trabalho e Emprego Rafael Brito, as opções de reciclagem fora dos lixões crescem a cada dia, o que representa para os catadores continuação da forma de trabalho, só que de maneira mais digna e humana.
 
Rafael Brito lembrou que numa reunião em que participou durante o Governo Presente, em Arapiraca, alguns empresários disseram que possuem vários produtos de reciclagem e que eles estão descartando porque não há essa coleta.
 
“Na ocasião, a prefeitura municipal se comprometeu em disponibilizar um carro para que, uma vez por semana, seja feita essa arrecadação. Se houver mais associações e cooperativas no município esse material será destinado a elas que vão poder comercializar e gerar renda aos catadores”, salientou o secretário.