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OAB critica ação da polícia durante Marcha da Maconha em Maceió
Um advogado foi algemado e levado para Delegacia Geral
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL), Daniel Nunes, classificou como truculenta a atuação policial na Marcha da Maconha, realizada no domingo (31), em Maceió. Ao final da caminhada, houve confronto e oito pessoas acabaram detidas, de acordo a polícia.
Professores universitários, estudantes e um advogado identificado como Jonas Cavalcante foram detidos em atuação da policia.
Segundo informações da assessoria da Polícia Civil, as pessoas detidas foram encaminhadas para a Delegacia Geral, no bairro de Jacarecica. Foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e elas foram liberados. Os nomes deles não foram divulgados.
“A manifestação estava pacífica e do nada o Bope [Batalhão de Operações Policiais Especiais] apareceu. O advogado Jonas Cavalcante foi humilhado e tratado como um bandido. Ele, na condição de advogado, só queria defender um pessoa que foi detida e uma enorme confusão se iniciou. Eu vi meu colegado sendo algemado e isso é um absurdo”, Afirma Daniel Nunes.
Ainda de acordo com presidente da Comissão, faltou planejamento estratégico por parte da polícia. “Eles nem chamaram o Gerenciamento de Crises, veio logo o Bope. Se a polícia não queria a manifestação, entrasse em contato com os organizadores, agora o que não dá é para agir dessa forma”, afirma o presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Ainda segundo Nunes, ele e o presidente da OAB, Thiago Bomfim, estiveram na Delegacia Geral na noite de domingo. “Hoje, vamos nos reunir com o secretário de Defesa Social [Alfredo Gaspar]. Nada melhor como um diálogo para que os problemas sejam resolvidos”, frisa.
A assessoria da Polícia Militar informou que quem achar que os policiais agiram com truculência, deve procurar a Corregedoria da Polícia Militar, localizada no centro de Maceió, para prestar uma denúncia formal.