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Dezenas de crianças soltam 167 tartarugas em Riacho Doce

Por Tribuna Hoje 02/06/2015 10h10
Dezenas de crianças soltam 167 tartarugas em Riacho Doce

Dezenas de crianças participaram na tarde de ontem (1) da soltura de 167 tartaruguinhas no mar de Riacho Doce. A ação foi promovida pelo Instituto Biota de Conservação. 

 “Realizamos esse trabalho com as crianças para que elas se apeguem ao animal e se preocupem com a preservação da espécie. Ensinamos como o lixo jogado na praia pode afetar a vida dos animais marinhos. Muitas tartarugas morrem porque ingerem sacos plásticos, por exemplo”, explica o diretor-executivo do Biota, Bruno Stefanis.

O biólogo explica que os técnicos do Biota monitoram os ninhos das tartarugas diariamente até perceber que os ovos estão eclodindo.

“O período entre a desova e a eclosão dura de 45 a 60 dias. Nós programamos a soltura para a noite do dia em que percebemos que as tartarugas estão nascendo. Elas não saem do ninho enquanto a areia estiver quente. No caso dessas tartarugas-de-pente, nós monitoramos o ninho na praia do Mirante e deslocamos para Riacho Doce, que é menos movimentada”, explica. 

No local onde as tartarugas foram soltas, foi colocado um cordão de isolamento para que as crianças não pisassem nos animais, que são muito frágeis quando nascem.

CONSCIENTIZAÇÃO

A estudante de Biologia e estagiária do Biota, Juliana Cardoso, explica que o Instituto realiza uma oficina de reciclagem com as as crianças que participam das solturas.

“Nós trabalhamos nas escolas que vão participar da soltura com matérias recicláveis. Basicamente com o lixo que é encontrado nas praias. Usamos copos descartáveis, sacos plásticos e garrafas pets para fazer brinquedos”, conta a estudante.
Juliana acredita que é um trabalho difícil o de conscientizar a pessoas, mas afirma que não mede esforços para educar as crianças em relação à preservação das tartarugas marinhas.  “A cultura é forte. As pessoas estão habituadas a jogar lixo na praia. Mas não custa tentar fazer esse trabalho de conscientização, principalmente com as crianças, que crescerão sabendo dos impactos ambientais que o lixo deixado por elas pode causar à natureza”.