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Agentes penitenciários de Alagoas decidem entrar em greve

Governo aumenta a receita, mas se diz impedido de aumentar salários

Por Redação com Primeira Edição 05/06/2015 15h03

Agentes penitenciários de Alagoas entrarão em greve  a partir das 7h da segunda-feira, 8, por tempo indeterminado.  A decisão foi tomada durante assembleia da categoria na noite da quinta-feira, 4.

Os agentes exigem, além de melhores condições de trabalho, um piso salarial inicial no valor de R$ 2.300 e um reajuste de cerca de R$ 1.500, o que nivelaria o salário com dos demais servidores de outras áreas da segurança pública.

De acordo com Vitor Leite, o diretor financeiro do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen-AL), a reunião com o secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio, (Seplag), Cristian Teixeira não teve desdobramentos positivos.

Vitor afirmou que o secretário teria dito que o Estado está penalizado pela extrapolação da Lei de Responsabilidade Fiscal, (LRF) e propôs que todos aguardem o índice do IPCA para sentar e negociar somente no próximo mês, o que não foi aceito pela categoria que protocolou o indicativo de greve nas secretarias de estado e no Tribunal de Justiça de Alagoas, (TJ), nesta sexta-feira (5), ficando mantido apenas os 30% - enquanto perdurar a greve – dos serviços essenciais.  

Ao tomar conhecimento do anuncio da paralisação o secretário Cristian Teixeira qualificou a disposição dos agentes penitenciários como precipitado. Na opinião do secretário o momento ‘não é ideal para greve’.

Atualmente o governo enfrenta a greve dos policiais civis, decisão acontecida na tarde da sexta-feira, (29). Outras categorias, a exemplo dos servidores da Saúde e Educação, também ameaçam parar. Na segunda-feira, (1º), representantes de varias categorias de servidores, juntos com a Central Única dos Trabalhadores, (CUT), se reuniram com o governador Renan Filho, (PMDB). No encontro Renan, que ouviu a insatisfação dos servidores, apresentou os números da economia de Alagoas, salientando que as dificuldades são por conta da extrapolação da LRF.

No final as lideranças deram um prazo de 10 dias para que o Estado apresente uma proposta que contemple todas as categorias, caso contrário serão realizadas assembleias que devem decidir por uma greve geral.

AUMENTO DE RECEITA

Desde o inicio do ano a Secretaria Estadual da Fazenda, (Sefaz), tem intensificada a fiscalização resultando – positivamente – no incremento de 7,4% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, (ICMS), no primeiro quadrimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Na opinião do superintendente da Receita Estadual, Francisco Suruagy, as fiscalizações rotineiras, mesmo diante da crise, deixou Alagoas atrás apenas dos estados de Goiás, Bahia e Paraná.