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Governo deve ‘melhorar’ proposta de reajuste para servidores em 0,5%
Com o limite máximo da LRF ultrapassado e desempenho na arrecadação abaixo do esperado, o governo de Alagoas volta para a mesa de negociação com o Movimento Unificado dos Servidores nesta terça-feira, 16, sem muito a apresentar além do que já foi oferecido.
Os 4% em três parcelas oferecidos pelo governo aos servidores do Estado pode não ser a “palavra” final do governo. Mas que ninguém espere muito além disso.
O que os secretários Fábio Farias (Gabinete Civil), Christian Teixeira (Seplag) e George Santoro (Fazenda) vão apresentar aos servidores será uma variação da proposta apresentada no dia 10 passado.
O máximo que o governo pode aumentar, aponta um frequentador dos corredores do Palácio dos Palmares, é mais 0,5%.
Nesse caso, o reajuste seria de 4,5%, percentual que será difícil de “emplacar” diante do que o funcionalismo espera.
O que os servidores pedem é 15% de IPCA mais ganho real, retroativo a maio. É com esse “espírito” que o movimento unificado, puxado pela CUT, está convocando a categoria para um ato público em mercado no próximo dia 16, quando o governo apresentará uma nova proposta. A ideia de “greve geral” começa a ganhar força.
O governo espera que os servidores apresentem contraproposta. Mas não é o que vai acontecer. “Rejeitamos de imediato a proposta dos 4% em três vezes na reunião do dia 10. Vamos voltar no dia 16 para ouvir uma nova proposta. Se não for aceita os sindicatos devem encaminhar a greve”, aponta Josimar Melo, presidente do Sindipol.
The end
Que ninguém se engane. As negociações entre servidores e governo não devem se prolongar por mais tempo. É pegar ou largar. Ou melhor é pegar ou “parar”.
Se não chegarem a um entendimento na próxima reunião, os servidores devem decidir pela greve. E o governo já está preparado para isso.
A tese é de que é melhor enfrentar a greve do que correr o risco de dar um reajuste que poderá provocar atraso no pagamento de salários, entre outras complicações financeiras e legais.
“Na maioria dos estados os servidores estão recebendo reajustes abaixo do IPCA ou não estão recebendo nada. Na situação atual, não há como correr o risco de dar reajuste maiores, porque o estado corre o risco de caminhar para a ingovernabilidade”, aponta um importante servidor do Palácio dos Palmares.