Geral
Presidente da Casal explica casos de transbordamento de esgoto
O presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Clécio Falcão, explicou, nesta segunda-feira (15), que a empresa busca alternativas para resolver o problema de transbordamentos de esgoto na região litorânea norte de Maceió. Ele, que estava em viagem ao Rio de Janeiro participando de reunião com a direção da Eletrobras sobre o equacionamento do débito da empresa, na última sexta-feira (12), disse que a Casal busca evitar os transtornos causados pelo esgoto que, em época de chuva, chega a transbordar devido ao excesso de contribuições e a infiltração de areia carreada pela galerias de águas pluviais que sobrecarregam as redes coletoras.
Segundo Clécio Falcão, o está ocorrendo é o estrangulamento do coletor-tronco entre as estações elevatórias da praça Lions, na Pajuçara, e da praça 13 de Maio, no Poço. Para resolver esse problema e expandir a cobertura de coleta, o Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, está investindo mais de R$ 50 milhões em obras de esgotamento sanitário na bacia da Pajuçara, sendo que, destes recursos, R$ 8 milhões serão empregados pelo Governo do Estado na execução da interligação (linha expressa) entre as estações elevatórias citadas, com extensão de 2,5km, obra esta de fundamental importância para o transporte de todo o esgoto coletado na parte baixa norte da cidade de Maceió para o emissário submarino.
A linha expressa, de acordo com o presidente da Casal, está sendo licitada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) neste mês de junho e deverá estar concluída até o final do próximo mês de agosto. Somento após esta etapa a Casal poderá realizar o serviço de desassoreamento do coletor atual que interliga essas duas estações elevatórias e que se encontra parcialmente obstruído, provocando o transbordamento em alguns poços de visita (PVs) sempre que a vazão de efluentes aumenta. Depois deste serviço, a Casal pode garantir o pleno funcionamento do sistema de esgotamento sanitário da região da bacia da Pajuçara.
Clécio Falcão, afirmou, ainda, que deve ser observado que os inconvenientes ocorridos são frutos do acréscimo das contribuições de esgoto na rede já implantada, devido às novas obras, o que eleva o percentual da população atendida na coleta de esgoto em Maceió, de cerca de 30% para 40%. Além disso, segundo ele, novos investimentos com recursos federais e contrapartida do Estado estão previstos para ampliação do sistema de esgotamento sanitário nas regiões norte – depois de Cruz das Almas – e sul (orla lagunar). Por outras fontes de recursos – PPP e locação de ativos -, estão previstas obras para as regiões do Farol a Gruta de Lourdes e do Tabuleiro, beneficiando cerca de 400 mil pessoas.
Por fim, é importante entender que a solução para os problemas de esgotamento sanitário em Maceió não se limita a investimentos, mas também a ação contínua na operação e manutenção dos sistemas, trabalho que a Casal faz como um serviço rotineiro, com custos mensais de cerca de R$ 1 milhão.