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Governo 5% x 6,4% servidores: impasse pode levar à greve
Os servidores apresentaram uma contraproposta de 6,4% divididos em duas parcelas, mas o governo não aceitou
O governo estadual apresentou aos servidores estaduais uma nova proposta de reajuste salarial, nesta terça-feira, 16, de 5% (sendo 1% retroativo a maio, 2% em outubro e 2% em dezembro).
A proposta, apesar de representar um “grande esforço”, foi rejeitada de imediato pelo Movimento Unificado dos Servidores ainda durante a reunião que contou com a participação de vários secretários de estado – entre Fábio Farias (Gabinete Civil), George Santoro (Fazenda) e Christian Teixeira (Planejamento e Gestão), além de Maria Clara Bugarim (controladora geral do Estado).
Os servidores apresentaram uma contraproposta de 6,4% (que corresponde a variação do IPCA em 12 meses) divididos em duas parcelas, mas o governo não aceitou.
“Não podemos correr o risco de dar um reajuste e não poder pagá-lo”, pondera o secretário Christian Teixeira.
O Movimento Unificado dos Servidores trabalha para evitar retrocessos, na medida em que a política salarial do governo anterior era baseada no reajuste anual do IPCA.
O “impasse” pode levar os servidores a greve.
O Movimento Unificado dos Servidores vai realizar uma plenária na próxima quinta-feira, 18, para decidir o que fazer. “De imediato recusamos a proposta porque está abaixo do IPCA. Acreditamos que o governo tem condições de dar um percentual maior, independente do que vem ocorrendo em outros estados. Vamos nos reunir na quinta-feira e tomar uma decisão”, adianta o presidente do Sindpl, Josimar Melo.
As negociações foram suspensas até que seja realizada a plenária. Os servidores tem agora, aparentemente, dois caminhos: ou aceitar os 5% ou ir para a greve.
O secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias, faz um apelo para que os servidores entendam as dificuldades que afetam todo o Brasil: “o estado está fazendo um grande esforço para atender os servidores. Nós esperamos contar com a compreensão do funcionalismo. As negociações continuam e nós estamos abertos ao diálogo”, enfatiza.
Falta o governador falar
O governo vai precisar um pouco mais do que diálogo para evitar a paralisação. A palavra final, pelo visto, caberá ao governador Renan Filho. Ele começou as negociações com os servidores ainda no dia 31 de maio. Deste então quem assumiu o diálogo com os servidores foram os secretários Fábio Farias, George Santoro e Christian Teixeira. Juntos eles chegaram aos 5%. É provável que Renan Filho converse com os servidores e, num último apelo para evitar a greve, melhore um pouco a proposta apresentada aos servidores.
Falta Luciano Barbosa falar
Nesta quarta-feira será apresentada a nova proposta para os servidores da Educação. O secretário Luciano Barbosa é quem vai apresentar a nova proposta para professores de nível superior e demais servidores da SEE, exceto os professores nível médio que foram receberam reajuste de 13,01% por conta da variação do piso nacional da categoria. A proposta anterior – que será melhorada