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Agentes penitenciários suspendem greve por 48 horas

Agentes irão permitir o sistema de visitas durante este fim de semana

Por Alagoas 24 horas 20/06/2015 13h01
Agentes penitenciários suspendem greve por 48 horas

Uma reunião com a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e com o Secretário de Defesa Social de Alagoas, Alfredo Gaspar resultou na suspensão temporária da greve dos agentes penitenciários. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen).

Os agentes irão permitir o sistema de visitas durante este fim de semana, mas a partir da segunda-feira (22), a greve volta a ser validade por tempo indeterminado. O Sindapen alega que o governo não lançou contraproposta para o pedido de reajuste de 6% do salário da categoria e do IPCA, além de melhoria das condições de trabalho.

“Em respeito à secretária (Regina Miki) e ao secretário (Alfredo Gaspar) vamos abrir para visitas, mas na segunda retornamos por tempo indeterminado,” confirma Vitor Leite, presidente do Sindapen.

Os agentes também reivindicam melhores condições de trabalho, equipamento, viaturas, reforma das unidades prisionais.

Em entrevista a uma rádio local, Leite falou sobre os vídeos feitos por detentos dentro de sistema prisional. “Aquele celular estava ali há muito tempo, mas vamos passar um pente fino este fim de semana e fazer uma batida. Aquilo ali no vídeo é crise de abstinência, o que prova que a gente não tem deixado entrar droga na unidade. As vezes é inevitável, não conseguimos impedir que joguem por cima do muro. Uma coisa ou outra acaba entrando por que as pessoas jogam materiais pela mureta. Por isso precisamos de raio x, detectores de metal, mais pessoal para a revista”,(sic) esclarece Leite.

O sindicalista negou que a comida é servida aos presos com veneno ou estragada. A comida servida aos presos é mesma que os agentes comem. “Comida estragada ou envenenada não procede. A comida que o detento come é a mesma que comemos. Agora a qualidade é péssima, mas envenenada ou estragada não procede,” finaliza o sindicalista.

Leite também denunciou a superlotação. Atualmente o Cadeião abriga 650 quando tem capacidade para 220.