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Esgotamento da parte alta inicia obras que devem dobrar cobertura da capital

15/09/2016 13h01
Esgotamento da parte alta inicia obras que devem dobrar cobertura da capital

Foram iniciadas na manhã desta quinta-feira (15) as obras de esgotamento sanitário da parte alta de Maceió. O evento de lançamento aconteceu na Rua Zafira Ataíde Cerqueira, no bairro da Cidade Universitária, e contou com a presença do governador Renan Filho, de vários secretários de Estado, além de representantes da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e da empresa Saneamento Alta Maceió (Sanama). Serão investidos neste serviço mais de R$ 150 milhões e os trabalhos tem previsão máxima de 48 meses (dois anos). A área abrange sete bairros que representam 160 mil pessoas da capital.

O governador Renan Filho disse que esta obra é a maior de esgotamento sanitário na história de Alagoas. “Serão mais de R$ 300 milhões investidos em dois contratos. Nesse primeiro, R$ 150 milhões e a grande novidade, em Parceria Público-Privada [PPP]. Dinheiro privado para melhorar a infraestrutura das pessoas”, relatou em entrevista à imprensa.

Renan Filho disse que a PPP é a saída durante o momento de crise em que o poder público não tem condições de arcar completamente com os custos de uma obra deste porte. “É a primeira vez que se investem recursos da iniciativa privada em esgotamento sanitário. O cidadão vai ter um grande benefício. Cada real aplicado em esgotamento sanitário se economizam outros cinco em saúde pública”, pontuou.

Outro fato destacada pelo governador é que Alagoas investiu em esgotamento sanitário cerca de R$ 50 milhões em 15 anos. “Para se fazer o saneamento de Maceió inteira precisa-se de aproximadamente um bilhão e meio de reais. Se em 15 anos foi investido R$ 50 milhões, no mesmo ritmo, nós levaríamos 450 anos para garantir o esgotamento sanitário de Maceió”.

São sete bairros beneficiados com a obra: Antares, Benedito Bentes, Santos Dumont, Cidade Universitária, Clima Bom, Santa Lúcia e Tabuleiro do Martins. 160 mil moradores vivem atualmente na região, que é uma das que mais cresce em número de habitantes na capital alagoana.

A Casal é parceira da Sanama, empresa responsável. O presidente da Casal, Clécio Falcão, destacou que, apesar do prazo de 48 meses, existe um esforço da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) em viabilizar a obra em 24 meses. “Estamos fazendo a negociação para tentar encurtar o prazo desta obra. É uma determinação do governo do Estado”, frisou Clécio.

Clécio disse que finalmente a área do Benedito Bentes terá soluções definitivas e não paliativas no esgotamento. Ele afirmou que os novos conjuntos que surgem no bairro são construídos com esgotamentos individualizados que, com o tempo e a manutenção deficiente, causam transtornos e ficavam sem funcionar. “Faremos intervenções e todo o sistema será recuperado e integrado de forma moderna. O objetivo é que o efluente já saia em condições de ser usado para outros fins”, comentou.

A secretária de Infraestrutura, Aparecida Machado, relatou que a demora entre a assinatura das ordens de serviço (realizada em outubro de 2015) e o início das obras em setembro foi resultado da resolução de pendências como a desapropriação de locais.