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Fornecedores de cana planejam protesto contra usinas por atraso em pagamentos
Cansados de esperar por uma resposta das usinas quanto ao pagamento dos débitos atrasados, fornecedores de cana e dirigentes de entidades de classe que representam a categoria realizarão, na próxima segunda-feira, 24, uma reunião, na sede da Asplana, a partir das 9 horas, para decidir que medidas serão implementadas contra as unidades industriais.
Diante de uma crise financeira, a maioria das unidades industriais do Estado está com o pagamento aos fornecedores - pela cana comercializada nas últimas três safras - em aberto. A dívida, segundo informou a Asplana, ultrapassa os R$ 250 milhões.
“Vai ser uma grande reunião. A Asplana está se articulando com a Faeal e a Coplan. Todas as entidades de classe que representam os fornecedores estão unidas neste processo. Vamos planejar um movimento de protesto, que será pacífico, contra as usinas pelo não pagamento. É um problema que até o momento não teve qualquer tipo de solução”, declarou Edgar Filho.
Segundo ele, uma das propostas apresentadas pelas usinas era efetuar o pagamento dos débitos com parte do recurso do financiamento internacional que está sendo contraído junto a um banco suíço. “Mas, até agora, o financiamento não saiu do papel”, reforçou o presidente da Asplana.
No começo deste mês, os fornecedores lançaram como proposta para tentar colocar um fim no impasse a abertura de uma ação coletiva na justiça contra as usinas, cobrando o pagamento dos atrasados, e uma mobilização junto ao Ministério Público Estadual.