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Governador atua como mediador na crise entre fornecedores de cana e usineiros

Por Blog do Edivaldo Junior 23/10/2016 10h10
Governador atua como mediador na crise entre fornecedores de cana e usineiros

Renan Filho está ajudando nas negociações entre usineiros e fornecedores de cana de Alagoas. O “imbróglio” se dá em torno das dívidas das usinas com os produtores, especialmente das safras passadas.

Alagoas tem cerca de 7,4 mil produtores de cana, sendo mais de 90% pequenos fornecedores com até mil toneladas de cana. Levantamento feito pela Asplana aponta para débitos da ordem de R$ 250 milhões. O atraso é maior nas usinas cooperadas (filiadas a Cooperativa dos Produtores de Açúcar e Álcool e Alagoas).

O governador recebeu, na sexta-feira, 22, no palácio dos Palmares uma comissão de fornecedores de cana, lideradas pelo presidente da Asplana, Edgar Filho, pelo presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Alagoas, Álvaro Almeida, e pelo presidente da Coplan, Fernando Rossiter, entre  outras lideranças do setor.

Na reunião, os fornecedores buscaram o apoio do governador. O que eles querem é receber pela cana não só desta safra, mas das safras passadas.

Depois do encontro, Renan Filho conseguiu reunir representantes dos produtores com diretores do Sindaçúcar-AL e da Cooperativa dos Usineiros.

A partir da reunião, que contou com a presença de Pedro Robério Nogueira (Sindaçúcar-AL) e Elias Vilela (CPRAAA), entre outros empresários do setor sucroalcooleiro, ficou definido que todas as usinas vão iniciar o pagamento dos fornecedores já a partir da próxima semana.

Os débitos do passado serão discutidos em novo encontro, dentro de duas semanas.

No encontro com os empresários do setor, o presidente da Asplana usou um argumento simples: “ninguém aguenta mais esperar. Se não tiver uma sinalização de que o pagamento será feito, independente de qualquer empréstimo, os fornecedores vão pra rua protestar”, resumiu.

Edgar Filho ficou satisfeito com o resultado das reuniões com o governador e os usineiros: “o compromisso é começar de imediato a pagar, priorizando os pequenos fornecedores. Espero que esse acordo seja honrado, até porque o compromisso foi assumido não só com nossa categoria, mas também com o governo do estado”, aponta.