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Servidores e Técnicos da Ufal entram em greve por tempo indeterminado
Ato é contra medidas do governo federal, como a PEC do teto dos gastos.
Servidores e técnicos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) entram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (31). A mobilização foi definida em assembleia na última semana e é contra a PEC do teto dos gastos públicos e o Projeto de Lei 257 (PL257), que impede os estados de gastar mais do que o ano anterior.
De acordo com Davi Fonseca, um dos coordenadores-gerais do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), a greve não deve impactar de forma muito grande nos trabalhos da universidade porque os terceirizados continuam trabalhando.
A decisão da greve na assembleia foi unânime, segundo Evilásio Freire, também coordenador-geral do sindicato. Após a votação da mobilização, ele afirmou que a decisão segue orientação nacional da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra).
“Imagine uma pessoa que nasceu ontem à noite. Daqui a 20 anos, quando o congelamento acabar, talvez não tenha universidade pública, não tenha o SUS. Há também o Projeto de Lei que congela as dívidas dos estados, e que afeta os servidores estaduais como um todo. Além disso, tem a reforma do Ensino Médio, e o Ministério da Educação dizendo que os Institutos Federais são ineficientes. Somos contra tudo isso”, afirma Freire.
Embora Fonseca tenha minimizado os efeitos da greve, Freire afirmou na última semana que o funcionamento da universidade já estava sendo afetado pela ocupação da reitoria por estudantes, mas que não poderia fazer uma avaliação dos impactos da greve naquele momento.