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Obras devem aumentar esgotamento sanitário para 70% em Maceió
O esgoto que corre pela rua, a céu aberto, em alguns bairros da periferia, e oferece riscos para a saúde de milhares de maceioenses, principalmente crianças, bem como aquele que se acumula nas fossas sépticas, em contato com o solo e o meio ambiente, vai ter um novo destino a partir de 2018.
Isso porque o Governo do Estado já iniciou duas grandes obras para implantação de rede coletora e sistema de tratamento de esgoto que abrangem a parte alta da capital. Ao serem concluídos, esses dois novos empreendimentos vão ampliar a cobertura na capital de 35% para 70%.
Uma dessas obras, executada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e a empresa Saneamento Alta Maceió (Sanama), está recebendo R$ 200 milhões em investimentos. Esse novo sistema vai beneficiar 160 mil moradores dos bairros do Tabuleiro do Martins, Benedito Bentes, Santa Lúcia, Antares, Clima Bom, Cidade Universitária e Santos Dumont.
O prazo para conclusão é de até quatro anos, porém, segundo o presidente da companhia, Clécio Falcão, o serviço pode ser concluído antes. “Cada real investido em esgotamento sanitário significa que cinco reais são economizados em saúde pública. Não se faz saúde pública sem esgotamento sanitário”, observou Clécio Falcão.
De acordo com a secretária de Estado da Infraestrutura, Aparecida Machado, o objetivo é atender às demandas da área que mais cresce na capital.
“A parte alta de Maceió é a área de maior expansão imobiliária da cidade. Durante a execução do Programa Minha Casa, Minha Vida foram construídas cerca de 20 mil habitações nesse entorno. Hoje, o déficit de esgotamento sanitário, que sempre foi um dos principais problemas da região, começa a ser resolvido. É a primeira grande obra do Programa de Esgotamento Sanitário de Alagoas. É a obra que vai mudar a história do nosso Estado”, destacou a secretária.
A outra obra de grande porte, também já iniciada pelo governo, por meio da Casal, contempla o bairro do Farol e adjacências. Num processo inovador de locação de ativos, estão sendo investidos R$ 185 milhões nos serviços, que devem ser concluídos até o final de 2018, beneficiando 200 mil pessoas.
“Nessa obra, teremos mais de 100 quilômetros de rede coletora de esgoto, uma estação de tratamento moderna, que será instalada nos fundos do Quartel do Exército, beneficiando oito bairros”, salientou Clécio Facão. Além do Farol, serão contemplados Jardim Petrópolis, Canaã, Gruta de Lourdes, Santo Amaro, Pinheiro, Pitanguinha e Ouro Preto.
Na parte baixa da cidade, onde já existe rede coletora, a companhia investe no sistema de disposição oceânica, conhecido como emissário submarino. No local, a Casal está disponibilizando, em recursos próprios, R$ 800 mil numa obra que melhora a destinação final do esgoto.
A obra, que já começou, consiste na recuperação dos interceptores de chegada do esgoto no poço de sucção da elevatória do emissário, com a recuperação de duas tubulações de concreto armado, com diâmetro de 1.000mm cada uma delas.
“A Casal, com apoio do governo do Estado, vem investindo em obras que trazem melhoria para a população e também para o meio ambiente. Nosso objetivo é prestar, cada vez mais, serviços qualificados”, acrescentou o presidente da companhia, Clécio Falcão.