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Obra da Casal provocou lançamento de língua suja no mar de Pajuçara, diz prefeitura
Após o rompimento de uma galeria de águas pluviais na manhã desta quinta-feira, 26, na praia de Pajuçara, técnicos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet) apontaram que o problema foi causado pelo rebaixamento do lençol freático de uma obra que está sendo executada pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e de ligações clandestinas de esgoto na região.
A obra, segundo a Sedet, está sendo realizada no cruzamento da Rua Pedro Américo com a Rua Soldado Eduardo, no bairro do Poço. Ainda de acordo com a secretaria, a Casal a e a construtora responsável foram autuadas e notificadas para que o lançamento seja suspenso de imediato.
Outra obra da região também pode ter contribuído para o rompimento da galeria.
No primeiro momento, a Casal afirmou que “tudo indicava que era uma mistura de água de rebaixamento de lençol freático mais ligações clandestinas de esgoto na galeria de águas pluviais. Não tendo, portanto, relação com a Casal nem com a rede coletora de esgoto da Companhia".
A assessoria de comunicação afirmou que a obra citada é de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
A Seinfra informou que a água liberada não é proveniente das obras de esgotamento sanitário realizadas na região. “A pasta é responsável pela execução da Linha Expressa e da Bacia da Pajuçara, que, neste momento, estão em fase de interligação. O procedimento implica no rebaixamento do lençol freático, autorizado pelos órgãos ambientais, mas o material é desaguado no Jaraguá – com vazão menor do que o verificado no incidente registrado próximo ao restaurante Lopana e em boa qualidade, de acordo com os parâmetros normativos. Salientamos, ainda, que a interligação das duas obras tem como objetivo ampliar a coleta e minimizar os casos de transbordamento de esgoto em Maceió”, diz a nota.
Confira a nota da Sedet:
Técnicos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet) estiveram nesta quinta-feira (26) no local onde houve transbordamento da galeria de águas pluviais na Ponta Verde.
A equipe identificou que os efluentes são originários de rebaixamento do lençol freático de uma obra que está sendo executada pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) no cruzamento da Rua Pedro Américo com a Soldado Eduardo, no bairro do Poço.
Foi identificado que o rebaixamento vem sendo feito há dias com lançamento nas galerias de águas pluviais, o que é proibido pelo Município, conforme o Código Municipal do Meio Ambiente (Lei 4.548/96) e Portaria Sempma 09/2012.
Assim, ocorreu o acúmulo de efluentes na galeria de águas pluviais, que não suportou o volume e rompeu, pois a saída estava tamponada temporariamente para ajustes no sistema de drenagem, ocorrendo a "lavagem" dessa galeria.
Os técnicos também identificaram lançamento de esgoto clandestino nas galerias de águas pluviais da região, o que provocou mau cheiro e a presença de sedimentos na água. Com isso, a Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet) autuou a Casal e a construtora responsável pela obra e notificou para que o lançamento seja suspenso de imediato, evitando novos lançamentos no mar.
Os técnicos também investigam outra obra na região que pode ter contribuído para o rompimento da galeria.