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Febre Amarela: vacina só com original e cópia de comprovante de viagem
A principal alegação é de que estão com viagem marcada para as áreas do país onde vem ocorrendo surto da doença
Apesar de Maceió não estar inserida nas áreas definidas pelo Ministério da Saúde como de recomendação para aplicação da vacina da febre amarela, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem buscando, por meio da Coordenação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Município, conter a demanda crescente de pessoas que têm procurado pela dose da vacina nas unidades de saúde. A principal alegação é de que estão com viagem marcada para as áreas do país onde vem ocorrendo surto da doença.
Além de seguir a recomendação do PNI Nacional, que determina a obrigatoriedade da comprovação da viagem – por meio de passagem aérea ou de ônibus, ou comprovante de hospedagem (em estabelecimento comercial ou residência familiar), entre outros –, a partir de segunda-feira (6), o usuário terá que deixar na unidade uma cópia dessa comprovação. Outra medida adotada será a centralização da aplicação da vacina em três unidades – II Centro de Saúde, na Praça da Maravilha (Poço); US Pitanguinha; e US Ib Gatto Falcão, no Tabuleiro –, que passarão a disponibilizar a imunização de segunda a sexta-feira.
“A exemplo das demais cidades alagoanas, onde o vírus da febre amarela não está em circulação, Maceió tem sido abastecida pelo PNI estadual dentro do estoque disponível, de forma gradativa e em pequenas quantidades. Dessa forma, a vacina precisa ser aplicada apenas em quem realmente esteja dentro das regras estabelecidas pelo Ministério, evitando riscos desnecessários e garantindo a dose para aqueles que têm mesmo que se deslocar para lugares com risco endêmico para a doença”, afirma a coordenadora do PNI no município, Eunice Amorim.
A coordenadora faz um alerta também para o alto risco de eventos adversos (reações) que a vacina – que é produzida com o vírus vivo – pode causar, em especial, a pessoas com idade acima de 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses (se receberem a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso, no mínimo, durante 15 dias) e pessoas com doenças autoimunes ou doença neurológica.
“Nesses casos, um médico deverá avaliar o risco/benefício da vacinação para esses grupos e a imunização só será feita mediante prescrição médica e a mesma ficará retida na unidade onde a vacina for aplicada”, complementa.
Eunice reforça que a vacina também é contraindicada nos seguintes casos: crianças menores de 6 meses de idade; pacientes com imunodepressão de qualquer natureza; pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave; pessoas em tratamento com drogas imunodepressoras (quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores, corticosteroides por tempo superior a 14 dias); pacientes submetidos a transplantes de órgãos; pacientes com imunodeficiência primária, pacientes com neoplasia, indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias da vacina; pacientes com história pregressa de doenças do timo; e doença febril aguda, com comprometimento do estado geral da saúde.