Geral
Em dois anos, AL consegue salvar mais de 300 crianças da morte
Taxa de mortalidade infantil no estado caiu, em 2016, para 14,45 óbitos a cada mil nascidos vivos
Há várias formas de dar a mesma informação. É a historinha carimbada do copo: metade cheio ou metade vazio?
O governo de Alagoas divulgou no último dia 9 uma informação que ganhou pouca repercussão nos meios de comunicação: a taxa de mortalidade infantil no estado caiu, em 2016, para 14,45 óbitos a cada mil nascidos vivos.
É menor taxa da história. Em 2000, há apenas 16 anos, a taxa de mortalidade infantil de Alagoas chegava a 58,4, a maior do maior país e que representava à época quase duas vezes mais do a média nacional (27).
Em 2016, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde foram registradas 793 mortes de crianças nascidas vivas com menos de um ano de idade.
Em 2016, esse número caiu para 600. Só para ter uma ideia, se a taxa fosse a mesma de 2000 (58,4) Alagoas teria registra no ano mais de 2,4 mil mortes de crianças com menos de um ano.
A redução, claro, não é obra do acaso. É resultado do esforço do governo, das prefeituras, das instituições e, claro, de toda a sociedade. Exames simples, acompanhamento das gestantes e das crianças nos primeiros meses após o nascimento, ajudaram a reduzir a taxa.
Mas nem por isso os esforços devem parar. É preciso continuar avançando. Até porque a taxa de 14,45 está acima da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de dez para cada mil nascidos vivos.
Não será fácil, no entanto, continuar reduzindo a mortalidade. O “ajuste fino”, a partir de agora, torna-se bem mais complexo e envolve gastos maiores. É o caso de um programa bem sucedido, que é coordenado pelo cardiologista José Wanderley e que inclui a realização de procedimentos cirúrgicos em crianças recém-nascidas. Mas qualquer esforço para salvar uma vida vale a pena. Imagina, se for para salvar centenas, milhares de vidas…
REDUÇÃO
A Agência Alagoas registrou, em reportagem, a redução da mortalidade infantil em Alagoas. Veja:
Ações do Governo do Estado reduzem mortalidade infantil em Alagoas
Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS) apontam a redução da mortalidade infantil em Alagoas, que passou de 15,04 mortes para cada mil nascidos vivos em 2014 para 14,45 em 2016. Os resultados positivos são fruto das ações do Governo Renan Filho, que adotou como diretrizes a atenção à saúde e o bem-estar das crianças alagoanas.
Graças aos investimentos realizados nos últimos dois anos, a exemplo da reforma da Maternidade Escola Santa Mônica e da implantação do Serviço Estadual de Cardiopediatria, os frutos positivos começam a surgir.
Isso representa que as ações realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), nos últimos dois anos, resultaram em uma queda de 0,59 ponto percentual. Os dados do Ministério da Saúde apontam, ainda, que a redução da mortalidade infantil ocorreu nos dois anos da atual administração, caindo de 15,04 em 2014 para 14,66 em 2015 e 14,45 no ano passado.
Entre as crianças salvas graças a ações idealizadas pela Sesau, está o pequeno João Wellinton Santos, residente no município de Cajueiro e que tem apenas dois meses de vida. Acometido por atresia pulmonar, defeito cardíaco caracterizado pela má formação da válvula pulmonar, o bebê foi atendimento pelo Serviço Estadual de Cardiopediatria e passou por um procedimento cirúrgico corretivo.
Um mês após a cirurgia, ele está se recuperando bem, segundo a equipe multidisciplinar da Casa do Coraçãozinho – inaugurada pela Sesau, em dezembro do ano passado.
“Nossa equipe teve que realizar uma comunicação da artéria aorta à circulação sanguínea pulmonar. Com isso, o bebê passou a receber sangue nos pulmões, o que vai contribuir para que ele cresça de forma saudável”, ressaltou o cardiologista José Wanderley Neto, responsável pelo procedimento cirúrgico.
O cardiologista, que atua no Serviço Estadual de Cardiopediatria, evidenciou que muitas crianças foram salvas desde a criação do serviço, contribuindo, assim, para reduzir a taxa de mortalidade infantil em Alagoas.
“Até 2014, muitas crianças evoluíam para óbito ou tinham que acionar a Justiça para serem encaminhadas para outros estados, uma vez que nem a iniciativa privada possuía um Serviço de Cardiopediatria. Mas o Governo do Estado assegurou este serviço, permitindo que qualquer alagoano nascido com um problema grave no coração tem a chance de sobreviver”, destacou José Wanderley.
Leia aqui na íntegra: http://www.agenciaalagoas.al.gov.br/noticia/item/13925-acoes-do-governo-do-estado-reduzem-mortalidade-infantil-em-alagoas