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Assistência religiosa muda a vida de reeducandos nos presídios alagoanos
Fé é tida como um vetor importante no processo de ressocialização
Muitos sabem que a promoção da saúde, educação, trabalho são vetores importantes para transformação de vida dos apenados. Mas além dessas diretrizes, um fator presente na Lei de Execuções Penais (LEP) tem sido fomentado pela Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris): a liberdade de culto, com a promoção da assistência religiosa nos presídios.
Ciente do poder da fé, a Seris intensificou suas parcerias com as instituições religiosas. Com ações diárias, pastores e voluntários evangélicos criam um ambiente de paz e harmonia nas unidades prisionais.
“O trabalho de assistência religiosa realizado no sistema foi o ponto principal para ele enxergar uma luz no fim do túnel, um momento para refletir e ver que precisava mudar”, explica Luiz Alberto da Silva, filho de um ex-reeducando, ao destacar como o acesso à religião fomentado pela Seris mudou a vida de seu pai.
Através das ações, vários seguimentos religiosos levam palavras de conforto e esperança para os custodiados. Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Adventista do Sétimo Dia e Assembleia de Deus são algumas das instituições que realizam a assistência nos presídios.
Muitas vezes, os reeducandos têm acesso à assistência religiosa no cárcere e permanece na igreja após cumprir sua pena. Em outros casos, os servidores passam a seguir determinada religião levados pelos encontros realizados no ambiente prisional.
A subchefe do Presídio do Agreste, Débora Amorim, afirma que o ambiente da unidade fica mais tranquilo após os encontros religiosos. "Acredito que a religião é o ponto de partida para a ressocialização. Os internos agradecem e elogiam esse trabalho, afirmando que fica mais fácil cumprir a pena ouvindo palavras de otimismo", revela a agente penitenciária.
Para o pastor Nereu Amorim, responsável pelo grupo de assistência da Igreja Universal, a parceria com a Secretaria é muito importante. “Nós temos muita afinidade com a Seris, pois os gestores propiciam todo o apoio necessário. Nós não evangelizamos apenas os reeducandos, muitos agentes penitenciários também começam a frequentar a igreja através desse trabalho”, comenta o pastor.
O secretário da Ressocialização, TC PM Marcos Sérgio de Freitas lembra que o auxílio espiritual renova as esperanças do apenado, gerando uma reflexão e uma perspectiva melhor para o futuro por meio da fé. “As Igrejas Universal, Adventista e Assembleia desenvolvem grandes ações no sistema prisional. Através das palavras de conforto dos pastores e voluntários evangélicos vidas são transformadas nos presídios”, finaliza o secretário.