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Movimento cria petição para impedir a construção do Marco Referencial no Alagoinhas
Um grupo de arquitetos e urbanistas se reuniu e criou uma petição reivindicando a paralisação imediata da obra
Após mais de 10 anos, o governador Renan Filho autorizou a ordem de serviço para a construção do Marco Referencial do Alagoinhas, na Ponta Verde, em Maceió, em dezembro de 2016, mas já têm opositores que não querem a construção do projeto urbanístico. Um grupo de arquitetos e urbanistas se reuniu e criou uma petição reivindicando a paralisação imediata da obra. O número de assinaturas já passa dos 680.
O objetivo é colher mais de mil assinaturas para serem enviadas ao Ministério Público Federal (MPF). A frente da ação está o movimento “Abrace o Alagoinhas”. Segundo ele, o objetivo é dialogar com o poder público e a população para decidir o destino do espaço que fica na orla marítima da praia de Ponta de Verde.
O grupo defende a existência de um concurso público de projetos, para que a escolha seja democrática e tenha participação da população.
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), de Alagoas, se posicionou contra o Marco Referencial, para defender a criação do concurso de projetos abertos para todo o Brasil. De acordo com a presidente do órgão, Tânia Gusmão, o conselho desaprova o modo como a construção foi viabilizada. Ela acredita que é preciso maior transparência no processo de construção da obra.
“Somos a favor de um concurso de projetos e que a população possa se inteirar, porque nada foi a público, não sabemos se houve licitação. As licitações precisam ser abertas. Isso devia ficar claro nos editais. Há uma falta de planejamento constante”, afirma a presidente do conselho.
Tânia acredita que o projeto trará impacto paisagístico e urbano. ”O que me preocupa é a questão do saneamento básico. Além disso, vai criar uma barreira visual. A gente defende uma área livre, como um mirante, uma praça de contemplação, nada que tirasse a visão do horizonte”, finaliza.
A Ordem de Serviço para o Marco Referencial foi assinada no dia 19 de dezembro de 2016, pelo governador Renan Filho. O espaço irá substituir o Iate Clube, mais conhecido como Alagoinhas. O local terá 3.500m² e capacidade para 1.500 pessoas. Na primeira fase, a obra teve um investimento de R$ 9,3 milhões.