Um ataque terrorista deixou ao menos dois mortos, incluindo o agressor, e vários feridos e fechou o Parlamento britânico na tarde desta quarta-feira (22), em uma área das zonas mais turísticas de Londres.

Segundo a BBC, pelo menos 12 pessoas foram atropeladas por um carro na ponte Westminster, que cruza o rio Tâmisa e dá acesso ao Parlamento. Em seguida, o motorista teria tentado entrar no prédio com uma faca antes de ser morto pela polícia.

De acordo com o líder da Câmara dos Comuns, David Lidington, o homem esfaqueou um policial e depois foi morto pela polícia dentro da área do Parlamento.

A morte de uma mulher, que teria sido encontrada debaixo das rodas de um ônibus, foi confirmada pelo St Thomas' Hospital. O hospital também afirmou que alguns dos feridos estão em situação grave.

Testemunhas afirmam que dois policiais teriam tentado conter o autor do ataque, aparentemente um homem de meia-idade, sendo que um deles caiu no chão logo depois, confirmando as notícias de que um agente teria sido esfaqueado.

"O outro começou a pedir ajuda, enquanto o agressor prosseguia sua corrida rumo à entrada do Parlamento. Dois homens à paisana e armados com pistola primeiro o intimaram a parar, depois dispararam duas ou três vezes, e ele caiu", contou à rede BBC a testemunha Quentin Letts. Segundo ele, o homem era robusto e estava vestido de preto. 

A Polícia Metropolitana de Londres disse que está tratando o incidente como "terrorismo" e confirmou que seus agentes foram acionados às 14h40 (11h40 de Brasília) e foram para a ponte Westminster. "Estamos tratando como um incidente terrorista até sabermos mais", informou a polícia no Twitter.

"Os policiais --incluindo policiais armados-- permanecem no local e nós estamos tratando isto como um incidente terrorista até que tenhamos informações contrárias," disse a polícia em comunicado.

De acordo com o jornal "Guardian", um policial informou que nenhum terrorista conseguiu entrar no prédio do Parlamento e que dois deles foram capturados na ponte.

Ao mesmo tempo, um fotógrafo da agência Reuters disse que há vários feridos na ponte Westminster. 

"Eu claramente ouvi tiros. Vi alguém vestido de preto cair. Acho que era um policial", declarou um funcionário do Parlamento à AFP.

Um helicóptero pousou no gramado em frente ao edifício para participar do atendimento aos feridos. Ambulâncias e carros de polícia cercaram a região.

A estação metrô de Westminster que fica perto do local foi fechada a pedido da polícia. A London Eye, a roda gigante que é uma atração turística e que fica oposta ao Parlamento, do outro lado da ponte, checou a ficar fechada por 20 minutos, com vários turistas a bordo.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, está em segurança, disse um porta-voz do gabinete da premiê, sem informar onde ela se encontrava quando ocorreu o ataque. O incidente ocorreu depois da sessão semanal na Câmara de perguntas à primeira-ministra

As entradas do Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha Elizabeth 2ª, foram fechadas após o ataque no Parlamento do Reino Unido. A sede da monarquia também teve sua segurança reforçada. A monarca estaria dentro do edifício.

"No momento, a recomendação explícita da polícia e do diretor de segurança da casa é que devemos permanecer em suspenso e que a Câmara deve permanecer fechada até que tenhamos recebido a informação de que é seguro voltar com os procedimentos normais ", disse David Lidington, líder da Câmara dos Comuns, a parlamentares. (Com agências internacionais)

Áreas para evitar

"A polícia pede às pessoas para que evitem as seguintes áreas: a praça do Parlamento, Whitehall, a ponte de Westminster, a ponte de Lambeth, a rua de Victoria", declarou o comunicado da policia britânica.

O pedido "é para permitir o acesso dos serviços de emergência a fim de poder atender este incidente em curso".

O ataque aconteceu no mesmo dia em que a Bélgica e as instituições da União Europeia homenagearam as vítimas dos atentados terroristas de Bruxelas, ocorrido há um ano e que deixaram 32 mortos e 320 feridos.

Além disso, o tiroteio ocorreu um dia depois que, por motivos de segurança, o Reino Unido se somou aos Estados Unidos na decisão de proibir computadores portáteis e outros aparelhos eletrônicos nas bagagens de cabine de alguns voos diretos procedentes de Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita. (Com agências internacionais)

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