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Centro de Zoonoses monitora caso de febre amarela em macaco
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Coordenação de Entomologia do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ Maceió), deu início, nesta quarta-feira (29), ao monitoramento da área de mata do Jardim do Horto, onde foi encontrado um macaco que teve a morte confirmada como tendo sido provocada pelo vírus da febre amarela selvagem. A ação – realizada nas atividades de rotina do CCZ em toda a cidade no combate ao Aedes aegypti – foi solicitada de forma pontual naquela área pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
A confirmação do diagnóstico foi feita pelo Instituto Evandro Chagas, do Pará – que é o laboratório de referência para todo o país –, a partir do envio de amostras de material genético do animal colhido pelo CCZ em setembro de 2016 –, quando o macaco foi encontrado já morto e levado para análise da equipe técnica do setor de Entomologia.
Durante três dias, os técnicos do CCZ farão a colocação de armadilhas de pouso em locais diferenciados da mata, com o objetivo de capturar e identificar os mosquitos presentes na área e, no caso de identificação do mosquito transmissor da febre amarela silvestre, do tipo Haemagocus ou Sabethes, do qual o macaco é hospedeiro, encaminhá-lo para o Instituto Evandro Chagas, onde poderá ser feita a identificação e isolamento do vírus da doença.
“Estamos monitorando toda a região da mata com o intuito de mapear a área de incidência. Com os resultados dessa atividade, é que poderemos identificar a necessidade ou não de outras intervenções”, afirmou o biólogo e responsável técnico da Coordenação de Entomologia do CCZ Maceió, Carlos Fernando Santos.
Ele lembra que o vírus da febre amarela só é transmitido através da picada de um mosquito infectado com a doença. Estes, em geral, vivem apenas em áreas de mata, não em meio urbano, por isso, a morte do macaco com a doença chamou a atenção das autoridades de saúde, no sentido de aumentar a vigilância sobre a ocorrência deste caso. Não há, no entanto, motivo para preocupação ou pânico da população, já que não foi registrado nenhum caso da febre amarela em humanos em Alagoas.
Vacinação
Por conta disso, também não há indicação de mudanças na aplicação da vacina contra a febre amarela em Maceió. De acordo com o Programa de Imunizações do município, continuam a ser imunizadas contra a doença apenas as pessoas que precisam se deslocar para as regiões endêmicas para a febre amarela no país, com a devida comprovação da viagem. O município disponibiliza as doses da vacina em três unidades de saúde: II Centro de Saúde, na Praça da Maravilha, no Poço; US Ib Gatto Falcão, no Tabuleiro, próximo à Feirinha; e na US Pitanguinha.
A confirmação da morte do macaco com o vírus da febre amarela foi feita pela Secretaria Estadual de Saúde nesta terça-feira (28), após o recebimento do resultado das amostras coletadas. A Sesau informou que vai procurar o Ministério da Saúde, ainda esta semana, para saber se há necessidade da adoção de medidas adicionais para o caso, além da ação de mapeamento e bloqueio da área em questão.
A Sesau também informou que não há o registro de casos de febre amarela em humanos no território alagoano e que não há motivo para pânico, uma vez que “primatas, apesar de contraírem a doença, não a transmitem aos seres humanos.”
Sobre outro sagui encontrado morto em Ipioca, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) informa que o corpo do animal será encaminhado ao laboratório de referência para análise, mas preliminarmente, não há nenhum indício para febre amarela.