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Manifestantes fazem passeata em Maceió contra reformas do governo federal
Integrantes de movimentos sociais, rurais e diversas categorias de trabalhadores realizaram uma passeata pelas ruas de Maceió na tarde desta sexta-feira (28). Esse ato faz parte da mobilização nacional contra reformas da Previdência e Trabalhista, propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB).
A organização estima que 30 mil pessoas participam do protesto. A Polícia Militar (PM) contabilizou 7 mil.
A concentração foi na praça do Centenário, no bairro do Farol. Os manifestantes tomaram parte da Avenida Fernandes Lima, e marcharam em direção à Praça dos Martírios, no Centro.
"Estamos aqui para dizer que somos contra qualquer tipo de reforma que tire direitos dos trabalhadores desse país. A classe trabalhadora é que sustenta e dá riqueza a esse país e merece ser respeitada", disse a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Alagoas, Rilda Alves.
Para Eduardo Muller, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), as reformas ameaçam os trabalhadores.
"O governo ameaça fazer com que a gente regrida 80 anos. O jeito que estão fazendo com as reformas, as garantias vão para os empresários. Daqui a pouco vão tirar direitos simples como os das gestantes e 13 salário", afirma Muller.
Paralisação
Durante a manhã, vários sindicatos paralisaram atividades e serviços na capital. Os rodoviários não tiraram os ônibus das garagens até o meio-dia, deixando quase 160 mil usuários sem transporte.
Ainda na capital, trabalhadores da Educação interditaram a Avenida Fernandes Lima, em frente ao Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), provocando um grande congestinamento.
No interior, trabalhadores rurais sem terra interditaram rodovias em várias cidades. Esses bloqueios começaram ainda durante a madrugada, e terminaram no início da tarde.